Nesta quinta-feira (5), o Ibope divulgou nova pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mostra que as investidas do governo para tentar sair do fundo do poço da rejeição com a intervenção militar no Rio de Janeiro não surtiram efeito e os brasileiros continuam a avaliar o governo negativamente.
De acordo com o Ibope, 72% avaliam o governo Temer como ruim/péssimo. 21% como regular. A apenas 5% como ótimo/bom e 2% não sabe/não respondeu.
Na última pesquisa do Ibope, feita em dezembro, 74% o consideravam “ruim/péssimo”; 19%, “regular”; e 6% avaliavam como “bom/ótimo”. Ou seja, a rejeição de Temer continua dentro da margem de erro que é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O levantamento foi realizado entre os dias 22 e 25 de março, dias depois da decretação da intervenção, mas antes da deflagração pela Polícia Federal da Operação Skala, que prendeu aliados de Temer. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios.
A pesquisa ainda revela que 87% desaprovam a maneira de Temer governar e apenas 9%. Outros 4% não souberam ou não responderam. No levantamento divulgado em dezembro, 9% aprovavam e 88% desaprovavam.
Quando a pesquisa é por área, 84% desaprovam as medidas de Temer na segurança pública, que se tornou o foco de ação do governo para tentar vitaminar uma suposta pré-candidatura de Temer. O governo criou um ministério e decretou a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, mas entre os entrevistados, apenas 14% aprovam as ações na área.
O levantamento mostrou ainda que a intervenção não impactou na avaliação do governo. O assunto foi apenas a terceira notícia mais lembrada pelos entrevistados, com 4% de menções, mesmo porcentual dos que citaram a Operação Lava Jato, que ficou na segunda posição. “Praticamente não houve impacto da intervenção no RJ na avaliação do governo”, disse o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca.
A notícia mais associada à gestão Temer é a corrupção. O tema foi citado por 10% dos entrevistados.
Quando a área avaliada é a saúde, 87% desaprovam e 12% aprovam. Educação segue a mesma avaliação, com 80% de desaprovação e 18 de aprovação.
Quando o tema é mercado de trabalho, os índices de reprovação também não são diferentes: 85% reprovam a política de combate ao desemprego de Temer.
Fonte: Portal Vermelho