Na última sexta-feira, 13, o Governo Federal enviou ao Congresso o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, no qual, não prevê qualquer tipo de reajuste para os servidores das carreiras do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e a carreira da Previdência, Saúde e Trabalho (PST), planos especiais, entre outros que compõem o chamado “carreirão”.
De forma arbitrária, o Governo penaliza cerca de 80% do funcionalismo federal, haja vista, que uma pequena parte dos servidores serão contemplados com o reajuste salarial em 2019. Entre as carreiras estão os auditores da Receita Federal, funcionários do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e analistas do Tesouro Nacional.
As categorias do funcionalismo que podem ficar sem reajuste em 2019 obtiveram correções salariais em plena recessão, quando parte expressiva dos brasileiros perdia seus empregos. Em 2015, na gestão Dilma, os representantes sindicais do “carreirão” e de funcionários de agências reguladoras acertaram um aumento de 10,8% em duas parcelas: uma em agosto de 2016 e outra em janeiro de 2017.
Já o acordo firmado com os servidores das carreiras de Estado ocorreu em 2016, durante o governo de Michel Temer e garantiu um reajuste de 27,9%, escalonado em quatro anos até 2019. Esse grupo é composto por 253 mil servidores ativos e inativos do funcionalismo civil, com rendimentos bem acima da maioria. Os funcionários do carreirão representam 80% dos 1,2 milhão de funcionários e ganham até R$ 7 mil no fim de carreira.
O Sindsep/MA através da Condsef/Fenadsef, irá manter as mobilizações no intuito de pressionar o Governo Federal a conceder reajustes às demais categorias. Mesmo com o pessimismo de Brasília, o movimento sindical não irá se acovardar no sentido de buscar mecanismos que possam forçar o Governo Ilegítimo de Temer a iniciar um processo de negociação para reajustar os salários dos demais servidores.
“Os servidores públicos federais estão sofrendo com a falta de reajustes. Muitos companheiros estão saindo dos planos de saúde por não terem mais condições de pagar. Os aumentos são exorbitantes, e o nosso salário continua não sendo reajustado, o que está dificultando a vida de muitos companheiros. A questão dos planos de saúde é apenas um ponto que estamos citando. O não reajuste salarial implica em toda a estrutura familiar do servidor público federal”, afirmou Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.