A união dos servidores públicos federais, em torno de suas entidades sindicais, se faz mais urgente a cada dia que se passa. Isso porque grande parte do patrimônio público brasileiro está correndo o sério risco de desaparecer com o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Além das afirmações reiteradas de seu futuro ministro da economia, Paulo Guedes, de que irá privatizar o maior número de empresas públicas, o próprio Bolsonaro já afirmou, por repetidas vezes, que irá extinguir e fundir ministérios.
As afirmações vêm causando apreensão entre os funcionários dos ministérios e órgão federais. Paralelamente às afirmações do futuro presidente e de membros de sua equipe, integrantes do governo Michel Temer (MDB) estão fazendo um levantamento dos funcionários que ingressaram nos órgãos durante os governos petistas.
O que se espera, a partir do dia 1º, é uma verdadeira ‘caça às bruxas’ provocada pelo ‘modo’ Bolsonaro de conceber a administração pública. Há relatos de funcionários que passaram a apagar comentários críticos a Jair Bolsonaro nas redes sociais, com medo da perseguição do novo governo.
O futuro presidente já afirmou que extinguiria o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério do Trabalho, mas acabou voltando atrás depois que enfrentou críticas da opinião pública. A comunicação pública brasileira também está em risco.
Recentemente, Bolsonaro afirmou que iria extinguir a TV Brasil, um dos principais veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O anúncio, assistido por funcionários durante o expediente, provocou choro na redação. Ele também já defendeu a extinção ou privatização da própria EBC.
Fonte: Condsef