Para tentar aprovar a reforma da previdência prometida aos banqueiros, o governo Bolsonaro usa de todas as prerrogativas republicanas e não republicanas. Além de negociar cargos de segundo e terceiro escalão, liberar mais de um bilhão de reais para os congressistas, editou a Medida Provisória 873 que entre outras coisas infringe contrato de consignação das entidades na tentativa de enfraquecer os sindicatos e centrais sindicais para dificultar a mobilização e enfrentamento à reforma da previdência.
Os sindicatos já entraram na Justiça e em muitos casos já foram deferidas liminares garantindo a livre organização sindical e o cumprimento dos contratos firmados entre as entidades e o Ministério do Planejamento. Algumas entidades sindicais e a própria OAB também já entraram com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) junto ao Supremo Tribunal Federal para derrubar a MP 873.
“Mais uma vez o governo tenta de forma truculenta diminuir a influência dos sindicatos juntos aos trabalhadores para silenciar a categoria e assim tentar aprovar na marra essa reforma da previdência que será uma verdadeira calamidade para todos os trabalhadores. Nós não aceitaremos e estamos mobilizando a sociedade para juntos ocuparmos as ruas contra essa tragédia”, afirmou Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.
Todas as centrais sindicais e seus sindicados filiados estão mobilizando seus filiados em todo o Brasil para juntos ocuparem as ruas e assim mostrar aos deputados e senadores e toda a sociedade que essa reforma fere de morte o direito a aposentadoria de milhões de brasileiros.
Em São Luís, as centrais sindicais e seus sindicatos estão organizando um grande ato com os trabalhadores públicos e privados do campo e da cidade dos diversos ramos. A expectativa é de mobilizar milhares de trabalhadores e membros dos movimentos sociais para protestar contra a reforma e orientar aqueles que ainda não perceberam o tamanho do prejuízo que essa medida trará aos brasileiros.