Preocupados com a quantidade cada vez maior de servidores que são obrigados a abandonar o plano de saúde por conta dos altos valores cobrados e que acabam por ficar sem cobertura médica quando mais precisam, a direção da Condsef/Fenadsef reuniu-se mais uma vez com o diretor presidente da Capesesp, João Paulo dos Reis, para negociar uma redução do percentual de reajuste de 23,49% que foi aplicado aos associados.
Esse é um problema grave para a maioria dos servidores públicos, uma vez que a média de idade dos servidores é muito alta e a Capsaúde alega que a sinistralidade eleva o valor das mensalidades. Com isso, os valores cobrados atualmente comprometem boa parte de seus salários.
“Essa também é uma preocupação nossa e já havíamos solicitado junto à Condsef/Fenadsef para que buscasse diálogo com os planos de autogestão para sensibilizar seus diretores da necessidade de encontramos uma solução para essa situação sob pena de diminuição de associados e perda de viabilidade do plano”, disse Raimundo pereira, presidente do Sindsep/MA.
Alternativas
Para evitar mais evasão a Condsef/Fenadsef cobrou alternativas e ações por parte da Capsaúde que informou já ter estudos e propostas para apresentar. A Capesaúde avalia criar um modelo de plano municipal que pode reduzir custos de mensalidade. Foi lembrada ainda a necessidade de cobrar alteração nos valores pagos pelo governo entre as faixas etárias que não acompanham hoje os padrões adotados por outros planos de saúde no mercado.
Nesse caso, a faixa final de idade do plano paga até seis vezes mais o valor estipulado na faixa inicial. Como exemplo, se o governo pagasse R$100 para faixa inicial e R$130 para a final, no modelo de tabela configurado hoje, se a faixa inicial seguisse sendo R$100 a contribuição para a final deveria ser de R$600. “Trata-se de uma negociação que já estamos fazendo há algum tempo junto aos representantes do governo”, lembrou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. “Obtivemos alguns avanços, mas nada concreto foi feito ainda para resolver essa questão. Vamos seguir pressionando e cobrando também que não só a contrapartida seja revista, como os valores da tabela por faixa etária”, explicou.
Com informações condsef.org.br