O Sindsep/MA e a CUT/MA, através dos seus presidentes, Raimundo Pereira, e Manoel Lages, respectivamente, estiveram presentes no movimento grevista dos trabalhadores do Correios.
Em mais uma atividade que compõe o movimento paredista, os trabalhadores do Correios se concentraram em frente à sede do SINTECT Maranhão, onde foram repassados os informes nacionais e locais, intervenções da categoria , além das falas de atores políticos e líderes sindicais.
“A greve do Correios traz um simbolismo muito grande para a classe trabalhadora, pois expõe a luta de uma categoria contra a privatização de uma empresa que presta serviços valorosos para o Brasil. O que o Governo Federal vem fazendo com a empresa é criminoso, é covarde e precisa ser denunciado à sociedade brasileira”, afirmou Manoel Lages, presidente da CUT/MA.
Na campanha maléfica do Governo Federal, nasce a necessidade de ratificar de forma mentirosa que o Correios apresenta prejuízos ano após ano. Tenta-se sucatear a cada dia a empresa na perspectiva de criar um ambiente desfavorável, comprometendo assim, a excelência do serviço prestado à sociedade. O abandono do Governo Federal com relação à mão de obra e equipamentos tem como finalidade a privatização da empresa. Sucateia-se para embasar a privatização.
“Essa perspectiva do Governo Federal em sucatear o Correios é cruel e covarde. Existe uma vontade enorme de privatizar a empresa, e esse cenário vem sendo desenhado há bastante tempo. Estão acabando com uma empresa que presta serviços de grande valia para o país, e nós não podemos deixar isso acontecer. O povo brasileiro precisa lutar contra a privatização do Correios. Cabe a nós, sociedade civil organizada, encabeçar essa luta contra essa covardia gratuita do Governo Federal”, declarou Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.
O desmonte
O último concurso público nos Correios foi em 2011 e desde então milhares de trabalhadores saíram nos Planos de Demissão Voluntária (PDVs), aposentaram-se, saíram de licença ou morreram.
Mesmo em meio a esse desmonte promovido pelo governo federal, no primeiro semestre de 2020 os lucros dos Correios superaram R$ 300 milhões, motivados pelo aumento das entregas de produtos adquiridos pela internet.
Consequências da privatização para a população
– Mais agências serão fechadas, principalmente do interior, privando boa parte da população do acesso ao serviço postal;
– A empresa que comprar a ECT não terá obrigação de executar políticas públicas, como distribuição de livros didáticos, entrega de vacinas, coleta e distribuição de donativos em casos de catástrofes, etc;
– As empresas de e-commerce seriam as mais afetadas, uma vez que os Correios é o único operador logístico presente em todo território brasileiro;
– O Banco Postal é a única instituição financeira em um a cada quatro municípios brasileiros;
– Os serviços postais ficarão ainda mais caros, uma vez que a empresa privada só pensa no lucro.
Com informações repassadas pela CUT.