No próximo dia 24 de julho, os atos “Fora, Bolsonaro”, irão ecoar por todo o Brasil. Serão centenas de atividades no país e no exterior.
Aqui em São Luís, o evento vai acontecer na Praça Deodoro, a partir das 9h, com a mobilização dos sindicatos, centrais, movimentos sociais e sociedade civil organizada.
Outras cidades maranhenses também irão realizar os atos, como são os casos de Imperatriz, Açailândia, Santa Inês, Pinheiro e Pedreiras.
A pauta do dia nacional de mobilização é pelo impeachment já, contra o desemprego e a fome; pelo auxílio de R$ 600 até o fim da pandemia; vacina já para todos e todas e contra a reforma Administrativa e as privatizações.
A participação das mulheres é importante
São muitas as palavras que podem definir Jair Bolsonaro (ex-PSL), mas o adjetivo ‘misógino’ – quem tem aversão às mulheres – traduz muito bem o que ele é, por isso desde a eleição em 2018, as mulheres foram protagonistas na luta contra Bolsonaro com as manifestações pelo “Ele não”. Pouco mais de dois anos depois, elas voltam a levantar as suas vozes com o “fora, Bolsonaro” e no próximo sábado, 24, estarão em massa nas ruas pedindo impeachment do pior presidente da história do Brasil.
A avaliação é feita pela secretária-Geral da CUT, Carmen Foro, e também pela secretária da Mulher Trabalhadora da Central, Juneia Batista. Para elas, a presença maçica nos atos prova que as mulheres não se conformam com os desaforos proferidos pelo presidente da República, com a péssima gestão do seu governo, falta de empatia com o povo que mais sofre, denúncias de corrupção e o descaso no enfrentamento a pandemia do novo coronavírus.
E como se tudo isso não bastasse para se destituir um presidente ainda tem a misoginia. Bolsonaro costuma ofender jornalistas mulheres em suas entrevistas coletivas; disse que sua filha foi uma ‘fraquejada’ após ter quatro filhos; que educou seus filhos e que por isso eles não namorariam uma mulher preta, e ainda quando era deputado federal, em 2014, disse à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que não a estupraria porque ela era feia. Por esta ofensa foi condenado a pagar uma indenização por danos morais.
Para Carmen Foro, não é a toa que 59% das mulheres querem o impeachment de Bolsonaro, como mostrou a última pesquisa Datafolha.
“Ainda bem que as brasileiras rechaçam este governo assassino. É um governo misógino que ataca cotidianamente as mulheres em seus direitos e na vida. Ele é violento, desconstrutor da história de luta das mulheres enquanto mães, em suas vidas, em suas famílias e em seus trabalhos”, afirma Carmen, ao convocar as mulheres a participarem ainda mais dos atos do próximo dia 24 (sábado).
Além de misógino, Bolsonaro pode ainda ser definido como homofóbico, racista e corrupto, acrescenta a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista.
‘”Não temos um governo, temos um psicopata que utiliza seu exército nas redes digitais para atacar a tudo e a todos que se opõem a ele. Bolsonaro não se importa com o sofrimento das mulheres, as mais atingidas pelo desemprego na pandemia”, diz Juneia
Para a dirigente, as mulheres só perderam no governo Bolsonaro. A reforma da Previdência que penaliza as viúvas e seus filhos; a redução do auxílio emergencial para as chefes de família de R$ 1.200 para R$ 375, o que aumenta a fome das famílias brasileiras, são exemplos desse descaso.
“É preciso ir para as ruas colocar nossas bandeiras de luta. Se cada dirigente levar duas mulheres ao ato do dia 24, mesmo aquelas que não estão organizadas em sindicatos, teremos uma grande presença feminina nos atos, Brasil afora”, diz .
Juneia ressalta que 25 (domingo), após um dia do ato pelo fora Bolsonaro, é de acordo com o calendário da ONU, o “Dia da Mulher Negra Latina- Americana e Caribenha”, e este é mais um motivo para as brasileiras irem às ruas, ou demonstrem a sua insatisfação com este governo colocando bandeiras e faixas em suas casas.
“Todas as formas de protesto são válidas. Quem puder faça panelaço, quem puder ir pras ruas, vá, leve seu repúdio, escreva até mesmo num papel almaço o seu protesto e demonstre a sua indignação”, conclui Juneia.
Com informações repassadas pela CUT.