O mundo registrou recorde de 2,4 milhões de casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Os Estados Unidos lideram a nova onda, com mais de 1 milhão em apenas um dia, também recorde desde o início da pandemia. De acordo com o levantamento da Universidade de Oxford, apesar dos recordes dos novos casos de covid – sobretudo devido à variante ômicron –, o número de mortes segue em queda. Com isso, os cientistas celebram o avanço da vacinação. Graças à imunização, a média de mortes nos últimos sete dias caiu abaixo de 6 mil pela primeira vez em 15 meses.
No Brasil
Um estudo publicado no site Medrxiv na semana passada mostra que as quatro vacinas aplicadas no Brasil – CoronaVac, Astrazenica, Pfizer e Jansem – conferem bastante proteção adicional contra sintomas e efeitos graves da covid-19. Inclusive em indivíduos que já haviam contraído a doença antes da vacinação. O estudo reforça ainda a importância do esquema vacinal completo, mesmo para essas pessoas.
Já cientistas da Universidade de Hong Kong apuraram que a variante ômicron é mais lenta na infecção do tecido pulmonar. Mas, por outro lado, a ômicron se replica 70 vezes mais rapidamente do que a delta nas vias áreas humanas.
Desse modo, uma das preocupações no Brasil é a dificuldade em identificar a incidência de casos, porque faltam políticas de testagem em massa. Com isso, pessoas com sintomas de gripe ou de covid têm recorrido aos testes de farmácia, e os resultados positivos têm crescido. Mas até mesmo nas farmácias suprimentos para testagem já estão em falta.
Para piorar, o sistema de dados do governo brasileiro vive um momento de apagão. Ou seja, as 76 mortes e 11 mil novos casos de covid contabilizados ontem devem estar muito abaixo da realidade.
Fonte: CUT