Diário Sindsep Nº 4360 – 24/03/22

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Trabalhadores(as) da Ebserh rejeitam proposta da Empresa

Em assembleia realizada no início dessa tarde, os trabalhadores e trabalhadoras da Ebserh/MA disseram NÃO à contraproposta apresentada pela direção da Empresa.

A resposta do Maranhão irá somar-se às respostas de trabalhadores(as) de todo o Brasil, e na próxima sexta-feira, 25, o resultado das assembleias será informado à Ebserh.

A direção da Ebserh vem tentando interferir no processo de decisão dos empregados (as) numa atitude considerada prática antissindical. É importante que cada um entenda a proposta e possa tomar sua decisão a partir da própria ótica e não influenciados pela visão da direção da empresa. Por isso, a participação de todos e todas nas assembleias é crucial.

Após empregados da Ebserh rejeitarem a última proposta de ACT encaminhada pela Ebserh em fevereiro, a direção da empresa apresentou uma nova proposta com índices de reajuste diferenciados para os empregados podendo alcançar mais de 20% a depender do cargo. Anteriormente a proposta previa 10,38% na tabela salarial vigente de todos os empregados a ser aplicado a partir de março de 2022, sem direito a retroativo.

A ideia de índices diferenciados não foi bem recebida. Entre pontos prioritários está a cobrança de um reajuste linear, compatível com a inflação do período que vai de 03/2019 a 02/2022, para todos os empregados, estendido aos benefícios, incluindo retroativo. Os empregados ainda lutam pela manutenção de todas as cláusulas contidas no atual ACT da categoria. A empresa insiste em alterar regras da insalubridade que para os empregados segue como ponto inegociável. Os empregados buscam ainda acrescentar um valor de R$600 ao salário de assistentes administrativos.

Condsef/Fenadsef, FNE, Fenam, Fenafar e CNTS reforçam que a decisão da maioria é soberana e essa decisão será respeitada e encaminhada para que os próximos passos no processo de negociação que permanece com impasses possam ser dados.

Com informações da Condsef.

Correios celebram lucro recorde à base de redução de direitos e demissões

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ameaçada de privatização pelo governo, anunciou nesta quinta-feira (17) “lucro recorrente histórico” de R$ 3,7 bilhões no ano passado, 101% maior do que no ano anterior. A mensagem entusiasmada de sua direção fala em um “horizonte promissor”, com perspectiva de dobrar o volume de encomendas e a receita nos próximos anos.

O mesmo comunicado cita mudanças na gestão de pessoal como decisivos para os bons resultados. A empresa fala, por exemplo, em “adaptação” do acordo coletivo, que teve suprimida a maior parte de seus itens. Isso já proporcionaria uma economia de R$ 1,3 bilhão ao ano, segundo a ECT, que destaca ainda dois planos de demissão voluntária (menos R$ 2,1 bilhões na folha).

Em 2018, por exemplo, os Correios tinham aproximadamente 106 mil funcionários. Segundo o balanço divulgado hoje, são 89,3 mil, queda de 16%. Daquele total, 48,8 mil são carteiros. No ano passado, foram 11,8 milhões de mensagens e 2,3 milhões de encomendas entregues por dia.

Parado no Senado

Apesar da pressão, o governo enfrenta dificuldades para fazer andar o Projeto de Lei 591, que permite a privatização dos serviços postais. Ontem (16), o senador Márcio Bittar (PSL-AC), relator do texto, devolveu a matéria à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, porque não faz mais parte do colegiado. Com isso, o projeto terá de ser redistribuído.

Para os representantes dos funcionários, a venda da ECT provocaria um “apagão postal”, deixando grande parte dos 5.570 municípios brasileiros sem atendimento. “Os Correios são um patrimônio da população e não de um governo. Os trabalhadores dos Correios prestam um serviço essencial de integração nacional, de entrega de encomendas, medicamentos, livros didáticos e urnas eletrônicas. Sem os Correios, não há garantias de acesso ao serviço postal para todos”, afirma a Fentect, federação nacional da categoria.

Fonte: CUT