A política de desmonte dos serviços públicos implementada no governo Bolsonaro faz vítimas todos os dias pelo país inteiro e no Maranhão não seria diferente.
O desprezo do próprio presidente pelas ciências e a incompetência administrativa de seu governo aliada ao descaso no Ministério da Educação está trazendo prejuízos a milhares de estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA).
Conforme denúncia feita por estudantes do Campus Monte Castelo apresentada em uma TV da cidade de São Luís, os problemas vão desde a estrutura física do prédio, até a falta de insumos para os laboratórios.
A política de cortes no orçamento do governo Bolsonaro ano após ano e mais especificamente no Ministério da Educação tem dificultado muito os gestores, principalmente nas Universidades e Institutos Federais que são alvos frequentes de cortes de verbas e até mesmo tentativas de tirar a autonomia universitária conquistada através de muito diálogo e luta da categoria.
Segundo o presidente do Sindsep/MA, que é servidor do IFMA e membro do Conselho Superior da Instituição (CONSUP), João Carlos Martins, essa situação vem piorando desde o golpe jurídico parlamentar que retirou a presidenta Dilma do Palácio do Planalto.
A aprovação da Emenda Constitucional 95 que congelou o teto de gastos por 20 anos ainda no governo Temer agravou a situação e agora com a inoperância do Ministério da Educação a situação está insustentável.
Estamos em um ano muito importante para toda a população brasileira; tempo de escolher o presidente que irá conduzir o Brasil nos próximos quatro anos. Temos vivido nos últimos três anos momentos de negação da ciência, brutalização da sociedade, perdas de direitos, ameaças à democracia e a volta da inflação galopante. Portanto, todos têm o dever de analisar a situação com responsabilidade.
“Não podemos mais aceitar que nossa juventude seja massacrada por falta de recursos que estão sendo desviados de forma escusa. Precisamos escolher alguém para governar o país que tenha respeito pelos serviços e servidores públicos e, acima de tudo que acredite na Educação como instrumento de transformação social”. Afirmou João Carlos Martins.
Segundo nota da direção do Instituto, as obras de infraestrutura já estão incluídas no Plano de reformas do Campus São Luís/Monte Castelo.