Mesmo com a ameaça de forte repressão hoje os estudantes e trabalhadores irão ocupar as ruas de todo o país para protestar contra a reforma da previdência e os cortes na Educação.
Mostrando a face autoritária do governo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro convocou a Força Nacional para reprimir as manifestações dos estudantes e trabalhadores na esplanada dos ministérios estendida aos campi das universidades federais em qualquer cidade do país.
O dia 13 de agosto será marcada como mais um dia de intensas mobilizações unindo estudantes e trabalhadores de todo o país em protestos contra a reforma da previdência e os cortes no orçamento da Educação.
“Nós continuaremos ocupando as ruas até que consigamos evitar o desmonte da educação, e a aprovação dessa reforma da previdência que mantem privilégios e retira direitos dos mais necessitados”, disse Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.
Depois de ter contingenciado 30% do orçamento para as Universidades e Institutos Federais, agora no final de julho o sinistro da Educação Abraham Weintraub determinou o corte de mais R$ 348 milhões do orçamento do ministério destinados a compra de livros didáticos e de literatura para escolas da educação básica – ensino fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
“Essa medida mostra claramente como o governo Bolsonaro trata a questão educacional, sem qualquer compromisso com o desenvolvimento cientifico ou social dos brasileiros, principalmente da camada mais pobre da população”, disse João Carlos Martins, diretor de administração e finanças do Sindsep/MA.
Outro ponto da pauta de reivindicações dos protestos de hoje, é a Reforma da Previdência. Lembrando que infelizmente já foi votada e aprovada em dois turnos na Câmara Federal e agora está tramitando no Senado e se não conseguirmos fazer as alterações no texto aprovado na Câmara, se tornará emenda constitucional e praticamente inviabilizará o acesso dos trabalhadores à aposentadoria.
“Não podemos diminuir a pressão sobre os parlamentares nesse momento crucial para vida dos trabalhadores. Somente organizados e ocupando as ruas conseguiremos deter esse desastre que é essa reforma da previdência”, afirmou Raimundo Pereira.