O governo Bolsonaro mostra mais uma vez que não tem compromisso com os serviços públicos, com os servidores e com a população que agoniza em frente aos hospitais por falta de estrutura, e leitos para receber os pacientes suspeitos de estarem com COVID 19.
Mesmo não tendo profissionais suficientes na área de saúde para atender a demanda em plena pandemia, o ministério da saúde demite trabalhadores com mais de dez anos de dedicação ao atendimento da população para arrumar lugar para os apadrinhados políticos sem qualquer experiência.
Justamente em um momento que o país vive a maior crise sanitária e humanitária dos últimos cem anos, o governo Bolsonaro vai na contramão das recomendações da Organização Mundial da Saúde e em vez de fortalecer o setor de saúde, toma medidas que enfraquecem ainda mais o SUS.
“Não podemos e não aceitaremos calados esse desmanche de um dos maiores patrimônios da população brasileira. O SUS é nosso e nós precisamos defendê-lo” disse Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.
O déficit de profissionais no SUS por conta da aprovação da Emenda Constitucional 95 que congelou os investimentos públicos e a realização de concursos por 20 anos já era de mais de 8.000 profissionais.
Agora com os afastamentos por conta do número recorde de trabalhadores da saúde contaminados ou mortos pela COVID 19 a situação está ainda pior e para agravar ainda mais o quadro, o governo Bolsonaro demitiu de uma vez só 400 profissionais de saúde ligados ao SUS desrespeitando inclusive a Medida Provisória n° 974 de 28/05/ 2020 aprovada pelo Congresso no último 31 de maio que havia prorrogado os contratos por tempo indeterminado no Ministério da Saúde.
“Essa é mais uma medida arbitrária desse governo truculento e sem compromissos com a população. Nós precisamos continuar a denunciar e buscar na Justiça a reparação para mais essa maldade do governo Bolsonaro” disse Valter Cezar Figueiredo, diretor de Formação e Política Sindical da Condsef/Fenadsef e diretor de Comunicação do Sindsep/MA.