Trabalhadores e sindicato lutam pela sobrevivência da EBC

O presidente Bolsonaro segue com a sua política de desmonte dos serviços públicos. O órgão da vez é a Empresa Brasil de Comunicação – EBC, única TV pública do país. Com a desculpa de reestruturação da empresa, o governo federal destituiu o Superintendente no Maranhão e os coordenadores de jornalismo e operações deixando a EBC do Maranhão praticamente acéfala e funcionando apenas o setor administrativo, o acervo e a transmissão.

“Nós soubemos apenas ontem que o núcleo de jornalismo daqui seria fechado e que seria a última apresentação do Jornal Repórter Maranhão”, disse Rubem Jayron, trabalhador da EBC.

Essa é mais uma medida que visa calar a voz dos movimentos sociais e populares, uma vez que como TV pública a EBC sempre buscou dar voz à sociedade. Com as medidas tomadas através de uma canetada, o núcleo de jornalismo e produção de conteúdo que existe há 50 anos e que mantinha Jornal Repórter Maranhão há mais de 30 anos deixará de existir.

A situação que o sindicato encontrou em visita ao órgão ontem foi preocupante e desalentadora: funcionários sem acesso aos seus locais de trabalho, portas fechadas e muita tristeza. Ao ouvir os relatos dos trabalhadores, o presidente Raimundo pereira sugeriu aos presentes que formassem uma comissão para organizar uma assembleia com todos os servidores do órgão o mais rápido possível para discutir e deliberar sobre a situação e preparar as medidas cabíveis.

Seguindo a orientação do sindicato, os trabalhadores presentes constituíram uma comissão formada pelos funcionários, Gerzivilson Azevedo, Rubem Jayron, Geylson Paiva e Tatiane Costa, que ficaram responsáveis de mobilizar os colegas para a reunião que acontecerá hoje a partir das onze horas na sede da Empresa.

“Nós já sabíamos que com a eleição do presidente Bolsonaro teríamos que lutar muito contra o desmonte dos serviços públicos e já nos primeiros dias de governo mostrou ao que veio. Desmontando toda a rede de proteção dos trabalhadores e aprofundando a reforma trabalhista”, disse Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.