O governo Bolsonaro mostra mais uma vez que não tem compromisso algum com o desenvolvimento do país. Mostrando total desrespeito ao setor educacional, primeiro nomeou um colombiano sem capacidade técnica e de gestão para comandar o ministério da Educação. Agora, após três meses de total inoperância na pasta e sofrendo protestos de todos os setores, Bolsonaro o exonerou do cargo e nomeou seu lugar na última segunda-feira outro jabuti, o olavista Abraham Weintraub.
O novo ministro da Educação tem como única “qualidade” para o cargo o fato de ser da linha de frente contra os pensadores de esquerda e seus seguidores.
Durante a campanha presidencial ano passado, ele declarou em palestra para a 1ª Cúpula Conservadora das Américas que somente a caça aos comunistas poderia vencer o marxismo. Durante o evento disse ainda que o comunismo é um vírus alastrador e o Brasil conservador cristão é o responsável por conter a ameaça.
Abraham Weintraub chega em um momento crítico para a Educação, que está há três meses com atividades paradas e testemunhou cortes relevantes nos últimos tempos, a começar pela Emenda Constitucional 95, que congela investimentos públicos por 20 anos. Em março, Bolsonaro publicou decreto que extingue 13,7 mil cargos públicos nas universidades e colabora com o plano de desmonte estatal colocado em prática pelo governo.
“ A estratégia do governo é sucatear as universidades federais para ampliar e acelerar as privatizações também no setor de educação. Nós não iremos nos calar e vamos ocupar as ruas em defesa de educação pública e de qualidade para todos”, disse Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.
O que vem ocorrendo principalmente com os ministérios que tem cunho social é muito preocupante. Toda a cadeia de proteção aos menos favorecidos construídas ao longo dos últimos anos estão sendo desmontadas – trabalho, previdência, saúde e aqui devemos incluir também a pasta da educação, uma vez que somente através do conhecimento as pessoas menos favorecidas poderão ascender socialmente.
“A população precisa ocupar as ruas e exigir mais espeito com essas instituições tão importantes para o desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Não podemos deixar que o presidente de plantão destrua tudo o que foi arduamente conquistado” , disse Valter Cezar Figueiredo, diretor da Condsef/Fenadsef e secretário de Comunicação do Sindsep/MA.