Milhares de pessoas, entre professores, estudantes e trabalhadores, tomaram as ruas de São Luís na tarde da última quarta-feira, 15, em um dos maiores atos da história da cidade, e dessa forma, mais uma vez ratificaram através do poder de mobilização o título de Ilha Rebelde.
Com bandeiras, faixas, banners e camisas com palavras de ordem, a multidão buscou chamar atenção da sociedade ludovicense para as trapalhadas do desgoverno Bolsonaro, principalmente o corte de 30% dos recursos das universidades e institutos federais, que irá refletir diretamente na qualidade da educação pública.
O Sindsep/MA, em conjunto com demais entidades sindicais, professores, técnicos e alunos do IFMA, saíram em passeata do Monte Castelo até a Praça Deodoro, onde juntaram-se à atividade realizada pelas centrais, que além de lutar pela integralidade dos recursos da educação, ainda tinha como pauta o repúdio à Reforma da Previdência.
“Estamos todos irmanados na luta por uma sociedade mais justa. Entendemos, como educadores, que a justiça social passa pelo acesso à uma educação pública de qualidade. Não existe desenvolvimento social ou financeiro de uma nação, sem que a educação seja esse pilar. Vamos defender o direito de termos uma educação pública de qualidade. Vamos estar nas ruas quantas vezes forem necessárias”, comentou João Carlos Lima Martins, diretor de Administração, Patrimônio e Finanças do Sindsep/MA e servidor do IFMA.
Da Praça Deodoro a multidão caminhou até a Praça dos Catraieiros, e durante o percurso, várias falas foram proferidas, e o tom forte buscava sempre a defesa de melhorias e investimentos na educação, e não, os cortes irresponsáveis anunciados pelo Governo Federal.
“Estamos lutando por mais investimentos na educação. Precisamos ter a noção da necessidade de termos universidades públicas e institutos preparados para oferecem uma educação de excelência. Não podemos permitir que o Brasil retroceda dessa forma. Os estudantes estão unidos e vão lutar bravamente pelo direito de terem acesso a uma educação pública de qualidade”, declarou Camila Pedrosa, dirigente do Grêmio Estudantil Edson Luís, do IFMA/Monte Castelo, e dirigente nacional da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
Os trabalhadores também se mobilizaram e encheram as ruas da cidade, mostrando seu repúdio contra os cortes da educação, e também alertando a sociedade para os males da Reforma da Previdência, que tem como único foco, penalizar ainda mais a classe trabalhadora.
Nesse sentido, essa grande mobilização do último dia 15, veio como um grande termômetro para a Greve Geral que vai acontecer no próximo dia 14 de junho.
No universo dos servidores federais, a categoria tem vários motivos para paralisar, principalmente, por ter sido alvo constante de ataques e de uma política de austeridade, somada a um descaso com o setor público mostrado por esse governo e que pode gerar, nos próximos anos, um colapso no atendimento público no Brasil.
“O ato deste 15 de maio, foi proporcional à magnitude da educação pública no Brasil. Não podemos, e nem vamos deixar o governo desacreditar o pilar mais importante para o nosso desenvolvimento social e tecnológico. O Sindsep/MA vai estar n
as ruas lutando pela excelência do ensino superior. Como também, lutaremos por mais investimentos na educação básica, pois entendemos que a educação é a base de um país desenvolvido” afirmou Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.