Pressão da CUT e centrais garante renda emergencial para trabalhadores informais

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A CUT, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de oposição tiveram uma importante vitória na luta para proteger trabalhadoras e trabalhadores informais, durante o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Foi aprovada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (26), o Projeto de Lei (PL) 9236/17 que institui a Renda Mínima Emergencial, que será destinada a esses trabalhadores, pelo período de três meses, prorrogáveis, a depender da disseminação do vírus no Brasil e as consequentes medidas de isolamento social.

Incialmente, o governo de Jair Bolsonaro havia proposto o pagamento máximo de R$ 200,00, apenas para trabalhadores autônomos, durante três meses. Medida totalmente insuficiente para garantir o sustento das famílias. As centrais sindicais pressionaram parlamentares para que aprovassem o PL 9236, que determina um valor maior para o benefício.

Na sessão da quinta-feira, o Congresso votaria o valor de R$ 500,00, mas após a luta das entidades, com o apoio dos partidos de oposição como o PT, foi aprovado o valor de R$ 600,00 para o auxílio aos trabalhadores sem carteira-assinara.

Confira o que foi aprovado e quem tem direito:

Benefício:

Abono emergencial no valor de R$ 600,00, pagos durante os próximos três meses,

Quem recebe:

Trabalhadores com mais de 18 anos que não tenham emprego formal (CLT ou setor público) e que não recebam nenhum benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego outros programas de transferência de renda, com exceção ao Bolsa-Família. Neste caso, o trabalhador terá de optar por um dos dois benefícios (o abono emergencial ou o bolsa-família), aquele que for maior.

Entre os trabalhadores que podem receber o auxílio estão incluídos os informais, o microempreendedores individuais (MEI) e os contribuintes individuais e os inscritos no Cadastro Único Para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Outro critério é renda familiar máxima de três salários mínimos (R$ 3.135,00) ou meio salário mínimo por pessoa (R$ 519,00), o que beneficiará a grande maioria das trabalhadoras que fazem faxina ou são empregadas domésticas informais.

Limite:

Os benefícios são limitados a duas cotas de R$ 600,00 por família, atingido o valor de R$ 1.200,00 para cada grupo familiar

Casos especiais

“Mães de família”, ou seja, as mulheres que sejam as responsáveis pelo sustento da casa receberão duas cotas de R$ 600,00, totalizando R$ 1.200,00.

Comprovação de renda:

O projeto prevê que a conferência dos dados do trabalhador será por autodeclaração, para evitar que ele fique desprotegido em um primeiro momento, caso de trabalhadores por aplicativo como UIber, Ifood, entre outros e de ambulantes e diaristas. Os trabalhadores “MEI”, já têm valor de renda declarado no cadastro de microempreendedor individual, portanto, neste caso, a seleção será automática.

Como vai ser pago:

Trabalhadores que já estão inscritos no CadÚnico, farão a solicitação do benefício por meio de um aplicativo a ser disponibilizado pelo governo, após o projeto ser sancionado. Depois disso, os valores serão creditados em conta bancário do trabalhador, que ele indicará no próprio aplicativo.

Nesse grupo incluem-se todos os brasileiros que participam de algum programa social do Governo Federal, inclusive o Bolsa-Família.

O aplicativo também vale para quem não está inscrito no CadÚnico. Basta preencher os dados.

Não tenho conta bancária

Se o trabalhador não tiver nenhuma conta vinculada ao seu CPF, o pagamento será disponibilizado por meio de conta do tipo poupança social digital, com abertura automática em nome dos beneficiários.  Não será necessário apresentar documentos para abrir essa conta, assim como não serão cobradas taxas e tarifas bancárias, em instituição que será indicada após a solicitação do benefício emergencial no aplicativo. Para esta conta, não haverá emissão de cartão físico ou cheques.

Não tenho celular, o que faço?

Neste caso, o trabalhador deverá procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo de sua residência. A decisão por operacionalizar o benefício por meio do é justamente para atendender às recomendações de evitar aglomerações nestes tempo de pandemia.

Aprovação do projeto

O Pl foi aprovado no Congresso em votação simbólica nesta quinta-feira. Seguuira para votação no Senado para então ser sancionado e já começar a valer.

Trabalhadores

O projeto aprovado, depois da pressão da CUT, centrais e movimentos sociais, junto com os partidos de oposição é um mecanismo de garantir um mínimo de renda para milhões de trabalhadores que ficariam sem nenhuma condição de sustento durante o período da pandemia. Trabalhadores autônomos, pro aplicativo como motoristas de Uber, entregadores, trabalhadoras domésticas, ambulantes, e vários outros segmentos terão direito ao Abono Emergencial.

AVISO – IMPOSTO DE RENDA

Devido às medias tomadas pelas autoridades para evitar a transmissão do COVID-19, de que todos devem ficar em casa, o SINDSEP/MA está disponibilizando os telefones abaixo para atender as necessidades de seus filiados em relação ao Imposto de Renda, visto que os mesmos têm prazo além de urgência na regularização tributária. 

Gicelle – 98 98703-9752

Flor de Anair – 98 98166-5406 

Francisco – 98 98118-0622

Ebserh divide propostas em aceitas, negociáveis, não negociáveis e novas

A comissão que representa empregados da Ebserh esteve em Brasília na última semana onde participou de reunião com a empresa para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020-2021 da categoria. O atual ACT 2019-2020 que foi a dissídio coletivo deverá sofrer antecipação de julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) conforme acordo firmado e acatado pela maioria dos empregados da Ebserh. Uma condição para que o acordo fosse estabelecido foi a prorrogação das cláusulas sociais vigentes até que o novo ACT seja homologado. A empresa concordou. As cláusulas serão prorrogadas por 90 dias a partir da publicação da sentaça normativa pelo TST podendo ser prorrogadas enquanto durem as negociações do novo ACT. A reunião que aconteceu na última sexta-feira, 13, tratou justamente dos pontos apresentados pela categoria como proposta para o novo acordo.

Depois de apresentar a nova coordenadora de Gestão de Pessoas, Elóa Junqueira, o representante do Serviço de Relações do Trabalho, Heli Santos Vieira da Costa, levantou as análises da empresa sobre as propostas apresentadas. O ACT foi então dividido por cláusulas consideradas aceitas, negociáveis, não negociáveis e novas. Assembleias em todo o Brasil devem debater os pontos discutidos na reunião. A Condsef/Fenadsef informou à empresa que propostas com retirada de direitos são pontos inegociáveis para a categoria.

>> Acesse aqui o relatório com o teor das cláusulas discutidas na última reunião 

Atendendo a solicitação da categoria, a empresa pré-agendou as próximas reuniões do ACT para os dias 7 e 28 de abril. As datas ainda devem ser confirmadas, especialmente por conta da crise com o novo coronavírus que tem demandado recomendação para que as pessoas circulem o menos possível.

Ainda sobre a crise de saúde pública, os empregados da Ebserh, assim como demais setores da base da Condsef/Fenadsef da area da Saúde deliberaram permanecer com 100% de suas atividades. A categoria participou no sábado de encontro nacional dos empregados públicos da base da Confederação. O setor da saúde, portanto, não vai aderir ao dia de paralisação de atividades agendado para essa quarta, dia 18. A recomendação é para que aqueles setores que vão paralisar atividades usem suas redes sociais para demonstrar apoio a todo o setor público e em especial na defesa ao SUS e aos profissionais da Saúde.

Fonte: Condsef