Sindsep/MA realiza Assembleia de Prestação de Contas

O Sindsep/MA realizou na tarde desta quarta-feira, 31, a Assembleia Geral Anual de Prestação de Contas.
O evento contou com a participação de diretores de todas as secretarias regionais e também filiados.
Durante a Assembleia, os presentes foram informados que alguns problemas técnicos e humanos, justificados pela pandemia, impossibilitaram que o escritório de contabilidade entregasse a prestação de contas em tempo hábil.

Assim, de forma consensual, os presentes aprovaram por unanimidade que uma nova Assembleia de Prestação de Contas fosse remarcada para o prazo de 90 dias.

O Sindsep/MA lançara edital informando o dia, horário e a forma de realização da Assembleia.

Trabalhadores da Ebserh/MA realizam assembleia e recusam proposta imoral da empresa

O Sindsep/MA realizou ontem, 24, uma Assembleia por Local de Trabalho, com os empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que aconteceu na área externa do Hospital Universitário Presidente Dutra.

A reunião tinha como pauta a avaliação da proposta apresentada pela Ebserh na reunião que aconteceu com os diretores da Condsef/Fenadsef e os representantes da Comissão Nacional do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT/2020/2021.

Na proposta do ACT 2020/2021, a Ebserh, cita um “reajuste” linear de R$ 500,00 acrescido aos vencimentos bases das categorias, o que segundo a empresa, trará um ganho real para mais de 15 mil empregados(as).

Segundo a Condsef/Fenadsef o fato que não condiz com a realidade apresentada nos próprios documentos repassados de forma transparente no site da Ebserh. Ainda de acordo com a Confederação, os trabalhadores terão percas salariais significativas com essa proposta apresentada pela empresa.

Outro ponto da proposta é a equiparação da insalubridade baseada no salário mínimo, o que traz perdas de 27% no salário dos trabalhadores. “Essa proposta da Ebserh chega a ser imoral, justamente em um momento, onde o Governo Federal deveria valorizar ainda mais o profissional da área da saúde”, acrescentou Raimundo Pereira de Souza, presidente do Sindsep/MA.

A proposta da Ebserh é tão indecente, que em uma assembleia que a priori, era apenas para representantes setoriais, a presença dos demais trabalhadores foi inevitável. A preocupação com uma possível redução salarial fez com que os empregados da Ebserh participassem em massa da reunião.

“Entendemos o momento crítico, pelo qual, o Brasil vem passando com essa pandemia. O que observamos aqui foi o medo de não honrar nossos compromissos financeiros ser maior até mesmo que temor de contrair a Covid. Não era a nossa intenção reunir tantas pessoas, até mesmo pelo fato da reunião ser voltada para representantes setoriais, mas fica quase inviável controlar as pessoas numa situação que vai afetar diretamente a renda mensal de suas famílias”, comentou Marcos Ferreira, secretário de Comunicação do Sindsep/MA.

A assembleia votou pela negação da proposta da Ebserh, e agora aguarda o resultado das assembleias dos outros estados, que muito possivelmente irão rejeitar essa proposta imoral que foi repassada pela empresa.

Nota de Pesar – Valter Cezar Dias Figueiredo

Quando se fala em eternidade, notoriamente não se fala da existência perene da matéria, mas comenta-se de tudo aquilo que o coração traz como recordação. É dentro dos corações das pessoas que amamos que nos tornamos eternos. A eternidade não é matéria que se pode ter nas mãos, é alimento que usamos para falar de amor quando queremos recordar momentos inesquecíveis com pessoas únicas.
O coração é o bem mais precioso que carregamos. É dele a função vital em todos os sentidos. Ao coração não apenas é dada a função de dar ritmo à vida, mas também é colocada em seus domínios a essência de poetizar os nossos dias. Não existe poesia mais completa do que a junção de versos que trazem em seu enredo lembranças de uma vida que deu sentido à nossa.
Foi na luta por uma sociedade mais justa, e pelo seu empenho na construção de uma família sólida, que Valter Cezar Dias Figueiredo, tornou-se eterno. Foi pelo seu jeito de ser, que ele será tão marcante na vida daqueles que o amavam. As pessoas não são de mais, e nem de menos, são exatamente como são. E Valter Cezar era como era. Não se pode negar a sua autenticidade e maneira única de ser. E exatamente por isso a sua lembrança será eternizada na história do Sindsep/MA. No poema épico da luta sindical a história escreverá um verso para metrificar em palavras os feitos do nobre companheiro. Você, Valter Cezar, viveu exatamente o que se propôs viver, e foi único. Isso, a sua essência autêntica, a vida guardará como maior legado seu.
Tenha certeza que a sua contribuição foi exponencial, companheiro Valter.
O seu legado será lembrando pelas gerações que irão lhe suceder.
O seu nome faz parte inconteste da história do maior sindicato cutista do Maranhão.
Descanse em paz, companheiro!
Valter Cezar Dias Figueiredo, presente!

CUT/MA e Sindep/MA realizam Live sobre Dia Internacional da Mulher

A CUT/MA com apoio do Sindsep/MA, estará realizando hoje, 08 de março, a partir das 16h, a LIVE em alusão ao Dia Internacional da Mulher, com o temário Mulheres no século 21: Desafios e Conquistas.

A Live terá como foco discutir as conquistas das mulheres ao longo da história e os desafios diários que são impostos a elas.

A tripla jornada, em muitos casos, quádrupla, que as mulheres enfrentam colocam elas numa condição de “sexo forte”, e há muito deixaram de ser consideradas “sexo frágil”. A mulher a cada dia mostra mais virilidade e superação, conquistando mais direitos e ocupando mais espaços.

As mulheres estão buscando uma posição social que sempre lhes pertenceram na conjuntura social.

Irão participar da Live a Kazumi Tanaka – Delegacia de Proteção à Mulher; Erilza Galvão – Condsef; Aline Marques – CUT Brasil; Ana Maria Cascaes – CUT Maranhão; Cristiane Rego – Conselho Estadual da Mulher; Silvia Leite – Conselho Municipal da Condição Feminina; Susan Lucena – Secretaria Estadual da Mulher; Mediação – Júlia Nogueira – CUT Nacional.

A transmissão do evento vai acontecer pelo pelo Youtube e Facebook da CUT Maranhão. Os são do Facebook: fb.me/e/49wuvs110; e do Youtube: youtu.be/_eiG0NbdSUM.

O que é ser mulher trabalhadora no serviço público?

Amor, comprometimento, luta, desafio, empoderamento político e igualdade de gênero. Essas são as paixões e responsabilidades que o serviço público toca em suas trabalhadoras. Diferentemente do que muitos pensam – que a administração pública é um local democrático de trabalho pela igualdade de acesso via concurso público – a injustiça da violência machista ainda consegue invadir este espaço.

De acordo com o Painel Estatístico de Pessoal do Planejamento, do hoje Ministério da Economia, mulheres ainda são minoria entre servidores da União, considerando números de janeiro de 2021. Elas representam 41,5% do quadro federal, apesar de serem mais da metade da população nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os motivos para isso são muitos: menor acesso à educação, mais tempo de dedicação aos filhos e à casa, remunerações menores que dificultam a inscrição aos processos de seleção e outros fatores consequentes do patriarcado histórico. Maria Gizelia Fonseca, servidora da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) do Rio Grande do Norte, lembra que, entre os cargos comissionados de chefia, o número de mulheres é ainda menor. “Precisamos acabar com isso”, enfatiza.

Arlene Silva, servidora do Exército no Rio de Janeiro, concorda com sua colega. “Ainda somos penalisadas por questões machistas e racistas que nos impedem acesso aos cargos de chefia. Ser mulher no serviço público é o desafio de estarmos diariamente lutando contra a indiferença e perseguições que acontecem por sermos mulher”, explica.

Satisfação em servir cidadãs

Os desafios do serviço diário são muitos, especialmente neste momento de pandemia de Covid-19, que ameaça mais fortemente as mulheres. Elas são maioria das trabalhadoras que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus, segundo levantamento da Internacional dos Serviços Públicos (ISP) – dado divulgado como parte da campanha ‘Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas’. Mesmo diante das dificuldades, elas confidenciam sua admiração pelo serviço público.

“Ser mulher servidora pública é fantástico, é muita doação”, diz Elna Melo, servidora da Advocacia-Geral da União de Pernambuco. Com 32 anos de dedicação às cidadãs brasileiras, Elna afirma sem pestanejar que estar no serviço público é a maior e melhor experiência que teve ao longo deste tempo.

Sua companheira Erilza Galvão, servidora da Universidade Federal da Bahia que também coleciona três décadas de dedicação ao Estado brasileiro e suas cidadãs, destaca que a conjuntura atual redobra o trabalho de cuidados sociais, enfrentamento ao assédio e à violencia doméstica.

Engajamento

“Nossa luta é árdua para prestar bom atendimento à população que tanto precisa de serviços públicos, sobretudo as mulheres. Não é facil ser mulher servidora”, compartilha Erilza. Para Rosemary Manozzo, servidora da FUNASA do Rio Grande do Sul, o trabalho das professoras e das enfermeiras neste momento é admirável. “É gratificante saber que temos muitas companheiras que lutam no serviço público por melhores condições de saúde e de educação para nosso povo”.

O empoderamento transborda para uma participação política ampla. As servidoras públicas não têm medo de se posicionar, confiantes da força do artigo 5º da Constituição Federal, que garante a liberdade de expressão de todas. Na luta política, uma coisa parece ser unanimidade, conforme lembra a servidora Ex-Território do Amapá, Neuziana Uchoa: “É preciso votar em mulheres”.

O caminho está só no começo

A desvalorização das trabalhadoras do serviço público é uma realidade que exige envolvimento político cada vez maior. As servidoras públicas da União, que estão em momento de exaustão pelas urgências da pandemia e com os salários congelados há anos, enfrentam a ameaça de serem prejudicadas ainda mais. A PEC Emergencial (PEC 186), aprovada na semana passada pelo Senado e em tramitação na Câmara dos Deputados, proíbe reajuste de salários, concursos públicos e progressões.

A proposta de Reforma Administrativa em disputa no Congresso Nacional acaba com a estabilidade e aprofunda os obstáculos que as mulheres enfrentam para alcançar a igualdade no serviço público.

Para Jussara Griffo, da FUNASA de Minas Gerais, “o serviço público é essencial para a política das mulheres”, tendo-se em vista que elas são as maiores usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), da educação pública, de creches e outras atividades oferecidas pelo Estado. Qualquer redução de servidores representa impacto direto no atendimento às cidadãs, que dependerão do pagamento à iniciativa privada para ter acesso serviços de atenção básica.

Lutar é necessário

Em sua fala, Jussara pede às colegas servidoras públicas de todo o País engajamento na luta contra a Reforma Administrativa, pela vacinação emergencial ampla e gratuita e em defesa do pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial que socorre milhões de mulheres chefes de família do Brasil.

Às trabalhadoras impactadas economicamente pela pandemia, a trabalhadora destaca que o 8 de março representa o início de uma jornada de luta. Suas colegas, diretoras da Condsef/Fenadsef, complementam que a batalha diária não é só pelas pautas das mulheres, mas também pela pauta da classe trabalhadora como um todo, centrada na defesa da vida, da vacina para todos, da segurança alimentar, da democracia, contra retirada de direitos e pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: Condsef