A greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Ebserh entrou hoje, 23, no terceiro dia de mobilização.
No Maranhão, as atividades estão acontecendo durante todo o dia, com caminhadas nas primeiras horas da manhã pelas avenidas que circundam o Hospital Universitário Presidente Dutra.
A categoria está mobilizada e unida na luta por uma resposta satisfatória para os trabalhadores com relação ao ACT 2022/2023.
TST
A assessoria jurídica da Condsef/Fenadsef, LBS Advogados, elaborou esclarecimentos técnicos que detalham o que a liminar concedida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) – a pedido da direção da Ebserh – assegura aos empregados em termos de percentuais de adesão à greve por tempo indeterminado iniciada nessa quarta-feira, 21, em todo o Brasil. O movimento paredista aprovado em plenária nacional pela maioria absoluta da categoria é visto como último recurso num processo de tentativa de negociações sem avanços junto à direção da empresa.
A greve é nacional e já começa forte e unificada. Para as entidades, a decisão liminar do TST dá todas as condições de manter o movimento, com o objetivo de fazer com que a empresa abra um processo de negociação, de fato, com a categoria.
Nessa quarta o comando nacional de mobilização realizou uma reunião de emergência que debateu as orientações para que a categoria possa, sem riscos, lutar por seus direitos que estão ameaçados.
Todo o apoio político e jurídica à greve dos trabalhadores da Ebserh vai continuar sendo dado. A assessoria jurídica da Condsef/Fenadsef vai apresentar junto aos autos do processo no TST defesa referente à notificação sobre dissídio de greve apresentado pela empresa, que inclui pedido de julgar coletivamente cláusulas sociais e econômicas. Ao mesmo tempo, será solicitado ao TST a reabertura do processo de mediação dos ACTs ainda pendentes.
O Comando Nacional de Greve irá se reunir diariamente para promover avaliação permanente e fazer os encaminhamentos sobre a greve. As informações continuam sendo divulgadas aqui em nossa página e em nossas redes sociais. Acompanhe.
Explicações à sociedade
Cientes de sua responsabilidade para com a saúde da população, os empregados da Ebserh divulgaram uma carta à sociedade destacando cinco motivos centrais que fizeram com que a categoria decidisse pela greve nacional. Com 40 hospitais no atendimento de média e alta complexidade, os empregados não conseguem ver interesse da direção da empresa nas resoluções de acordos coletivos de trabalho que se arrastam há anos e que atenderiam a quase 40 mil trabalhadores.
Em plena pandemia, os empregados e empregadas da Ebserh viveram o que chamam de “tempos sombrios” com a atual gestão da empresa. Com rotinas extenuantes e vivendo durante a pandemia de Covid-19 um dia a dia de trabalho não só desgastante como arriscado, a categoria se viu desrespeitada e desvalorizada por quem tem a obrigação constitucional de reconhecer a importância desse trabalho essencial para a sociedade: o próprio governo.
A categoria conclui a carta destacando o reconhecimento da sociedade pelo trabalho desempenhado, mas que, infelizmente, se vê invisível para o governo. Por isso, a decisão de iniciar uma greve por valorização e preservação de direitos foi o caminho encontrado. “Apoiem-nos nesta batalha pela valorização dos serviços públicos. O BRASIL precisa disso!”, pedem à população.
Com informações repassadas pela Condsef/Fenadsef