Servidores públicos fazem ATO contra a PEC 32 e exigem recomposição salarial

Convocados pelo Sindsep/MA, os servidores federais realizaram ato hoje, 03, em frente ao Ministério da Fazenda em São Luís, para protestar contra a Pec 32 – Reforma Administrativa de Bolsonaro quer fere de morte os serviços públicos – e exigir a inclusão da recomposição salarial dos servidores no orçamento de 2024.

Durante as duas últimas gestões do governo federal foi executado um verdadeiro desmanche dos serviços públicos, com congelamento de vencimentos, proibição de concursos públicos para repôs a força de trabalho e descaso com a manutenção das estruturas físicas dos órgãos e empresas públicas.

É preciso lembrar que quem executa as políticas públicas são os servidores. Para tanto, precisam ser valorizados com salários decentes e com boas condições de trabalho.

“Nós passamos praticamente sete anos com os salários congelados enquanto o país registrava inflação de mais de 40% no período. É verdade que conseguimos com muita luta e pressão um reajuste emergencial de 9% agora em 2023, mas nossos salários ainda estão muito defasados e o governo sinaliza com menos de 1% para 2024 e isso é inaceitável”, disse Raimundo Pereira, vice-presidente do Sindsep/MA.

Durante o evento a categoria demonstrou força e determinação para continuar lutando por serviços públicos de qualidade e a valorização dos trabalhadores. Foi acordado ainda a mobilização permanente da categoria e a pressão aos parlamentares maranhenses para sensibilizá-los da importância de inserir os servidores no orçamento de 2024, além da necessidade imediata de arquivar a PEC 32.

Sindsep/MA realiza Dia Nacional de Lutas

O Sindsep/MA convoca todos os servidores públicos federais para participarem do Dia Nacional de Lutas, que vai acontecer amanhã, 03 de outubro, a partir das 9h, em frente ao prédio da Receita Federal, em São Luís.

O Ato público terá como pauta a Campanha Salarial de 2024 e contra a PEC 32 (Reforma Administrativa).

É importante demonstrarmos a unidade da categoria por meio dessa mobilização, para que assim, venhamos a mostrar para o Governo Federal e sociedade em geral a importância dos serviços públicos e a necessidade de valorização dos servidores.

Venha fazer parte dessa mobilização e fortaleça a categoria.

Dia Nacional de Luta pela Campanha Salarial de 2024 e contra a PEC 32.

Servidores tem semana de mobilização por recomposição salarial e contra PEC 32

Condsef/Fenadsef

A próxima semana será marcada por uma série de atividades de mobilização que terá como destaque um Dia Nacional de Luta na terça-feira, 3 de outubro. Na terça, em Brasília, um ato nacional unificado será realizado a partir das 10h, em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), no bloco K da Esplanada dos Ministérios. Atividades já estão sendo convocadas em diversos estados. Acompanhe a agenda de seu sindicato e participe da luta por orçamento justo e valorização dos servidores e serviços públicos.

Entre os dias 2 e 7, várias atividades vão reforçar o processo de mobilização pela inclusão das servidoras e servidores federais na LOA 2024, arquivamento da PEC 32/20, da reforma Administrativa, e em defesa dos serviços públicos. Na segunda, 2, haverá pressão aos parlamentares, além de uma live que vai debater o impacto do Arcabouço Fiscal nas políticas sociais e na valorização dos servidores e serviços públicos. No dia 4 tem vigília em frente ao MGI pela inclusão dos servidores no orçamento. No sábado, 7, está prevista uma nova plenária presencial dos servidores federais em Brasília onde estará em debate a possibilidade de greve no setor para buscar atendimento das pautas de reivindicação que ainda não avançaram.

Confira a agenda da semana de mobilização por orçamento justo e contra a PEC 32:

Negociação efetiva do reajuste, reestruturação de carreiras, equiparação dos benefícios e revogaço! 

Apesar do reconhecimento de que é preciso avançar e garantir mais e melhores serviços públicos à população, o governo ainda não apresentou propostas efetivas de como esses avanços devem acontecer. Até o momento, o MGI informou que o governo tem R$1,5 bilhão reservado no orçamento para atendimento de toda a pauta apresentada pelo funcionalismo. Na prática, o valor não representa sequer 1% de recomposição num cenário onde as perdas salariais acumuladas nos últimos anos ultrapassam 30% para a maioria dos servidores.

Nem na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), nem nas mesas setoriais que começaram a ser instaladas, surgiram propostas capazes de atender as reivindicações mais urgentes apresentadas pelos servidores. Entre as demandas centrais, além da busca por recomposição salarial, servidores reivindicam a reestruturação de carreiras, equiparação de benefícios, como o auxílio-alimentação, contrapartida do plano de saúde, e outros, além da revogação de atos antissindicais de Bolsonaro.