Sindsep/MA garante assento no Condir do IFMA – Campus Imperatriz

O Instituto Federal do Maranhão – Campus Imperatriz, nomeou nesta manhã, Rilton Cesar dos Anjos Costa (diretor da Secretaria Regional do Sindsep/MA em Imperatriz) e Raimundo Pereira (presidente do Sindsep/MA), como titular e suplemente, respectivamente, do Conselho Diretor do Instituto (Condir).

O evento aconteceu no Auditório Conceição Alvarenga, e seguiu todas as normas de distanciamento propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Sindsep/MA mais uma vez mostra a sua responsabilidade social, entendendo que a construção de um mundo mais igualitário passa além dos muros do movimento social e da luta de classes.

A entidade, como em toda a sua história, ratifica a visão de engajamento político-social, estreitando os laços entre o sindicato e o Instituto.

 

Dia da Consciência Negra. É dia de reflexão.

“Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”, esse é um fragmento do discurso de Martin Luther King Jr, proferido na cidade de Washington, em 1963, que simboliza bem a luta dos negros americanos por direitos e igualdade social.

Esse sonho de Martin Luther King Jr, ainda hoje, quase 60 anos após seu discurso, representa um norte mundial. A segregação racial é cada vez mais exposta através de discursos racistas que ressoam da Extrema Direita, que ainda defende a imbecil temática da superioridade racial.

No Brasil a questão racial sempre foi evidente, haja vista o país ter sido um dos últimos a “findar” o modelo escravocrata. E não o fez por motivos de reconhecimento de direitos, mas pela imposição de grandes potências mundiais, ao tempo, capitaneadas pela Inglaterra, que caminhava a passos largos na Revolução Industrial e necessitava da ampliação do mercado consumidor.

A própria “abolição” no Brasil acarretou na situação sistêmica em que a comunidade negra vive atualmente. Hoje em dia os negros personificam a maior parcela da população do país, e como agravante, simbolizam a parcela mais pobre da sociedade brasileira. Todo esse desordenamento social nasce do processo atribulado de “libertação” do povo negro, que deixou a condição de escravo, para viver aprisionado dentro da liberdade social da falta sumária de empregos que pudessem abranger os novos “homens e mulheres livres”.

O preconceito sistémico nasce do próprio processo, que segundo a elite aristocrática branca, deu a tal liberdade aos negros escravos em 1888. Como foi exposto anteriormente: o negro deixou de ser escravo para viver preso à liberdade social que lhe impossibilitava tudo.

132 anos após a Abolição da Escravatura do Brasil, reconhecimento de direitos e igualdade social ainda norteiam a luta de um povo em um país imersos nos vícios sórdidos do preconceito racial. Mesmo com os avanços sociais adquiridos em tempos de governos de esquerda, que possibilitaram acesso à educação, ainda assim, a escolaridade do povo negro está muito aquém do que deveria ser o ideal. Mesmo com todas essas disparidades, as políticas públicas de inclusão social, hoje são responsáveis por uma qualificação maior do povo negro, que conseguiu ter acesso a um nível mais expressivo de escolaridade. Há que se frisar, que o percentual ainda é muito pequeno, e que os números do Brasil são baixíssimos, se comparados a outros países, como por exemplo; Cuba, que erradicou o analfabetismo.

Todo esse contexto social de trabalho e luta pela diminuição das disparidades sociais encontrou alicerce nas eleições de 2020, onde em 13 capitais as mulheres negras e as trans ficaram entre as candidaturas mais bem votados. É um sinal de mudança da sociedade brasileira? Ainda é cedo para afirmar. Mas, é um fator a ser comemorado em um país onde o preconceito sistêmico ainda impera de forma covarde e vil.

O tamanho do atraso cultural pode ser dimensionado por Curitiba, que apenas este ano, elegeu a primeira vereadora negra da sua história, a professora Carol Dartora. Existe argumento mais sólido para simbolizar o preconceito racial que essa perspectiva? Fica impossível de acreditar na defesa de qualquer coisa que confronte os fatos.

É necessário que se comemore essa conjuntura atual. Mesmo em tempos onde o discurso do ódio ainda se faz presente. Onde presencia-se todos os dias os mais esdrúxulos verbetes ventilados no Palácio do Planalto. Mesmo com todas essas celeumas, ainda assim, precisa-se valorizar o resultado do povo negro nas eleições de 2020.

Uma nova sociedade parece surgir. E que venha como reflexo de uma luta secular contra a tal dominação racial. A organização da sociedade civil vem demonstrando que as lutas sociais podem e devem continuar norteando o desejo de um mundo diferente.

O negro vem reclamar uma posição que é sua de direito. O negro aprendeu a sonhar em conjunto, pois entendeu, tal como Raul Seixas, que apenas o sonho coletivo pode se tornar realidade.

E sabe o sonho de Martin Luther Kingem? A sociedade há de balizar um dia as pessoas pelo caráter e não mais pela cor que trazem na pele.

O AMAPÀ sofre com a privatização e continua no escuro

O povo do Amapá está sofrendo as consequências das privatizações, e é esse sofrimento que o ministro Paulo Guedes e o presidente Bolsonaro querem impor a todos os brasileiros.

A venda do patrimônio brasileiro e o desmonte das empresas estatais servem apenas para deixar os especuladores do mercado financeiro mais ricos e a população cada vez menos protegida.

Para o presidente do Sindsep/MA, Raimundo Pereira de Souza a população precisa reagir e ocupar as ruas para impedir a destruição dos serviços públicos no Brasil.

“Não podemos deixar que alguns poucos políticos e empresários sem escrúpulos continuem a ganhar dinheiro às custas do sofrimento da nossa população. Quem protege e atende a população são os servidores públicos, que mesmo sem ter as condições ideais continuam  a proteger e salvar vidas”, disse Raimundo Pereira.

Desde o começo do mês, o Amapá vem sofrendo com a falta de energia elétrica. Segundo a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), o apagão foi causado por um incêndio na subestação de Macapá controlada pela concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE). Mesmo o conserto sendo de responsabilidade da distribuidora privada, quem está resolvendo o problema em Macapá é a Eletronorte, mostrando que quem tem cuida da populaçãosão as empresas públicas.

Já são mais de 15 dias de apagão e infelizmente só quem acumula prejuízos são os consumidores que além de continuarem sem luz em suas casas ainda terão que arcar com os prejuízos em suas próximas contas de energia.

A população brasileira precisa ficar alerta e lutar para não permitir que o ministro Paulo Guedes e o governo Bolsonaro continuem a vender e destruir o patrimônio de todos os brasileiros. Não podemos permitir que esses inescrupulosos  imponham a todos os brasileiros o sofrimento que estão levando aos nossos irmãos amapaenses.

Diga não as privatizações