Empregados da Ebserh vão promover um dia nacional de luta na próxima segunda-feira, 1o de março, em todo o Brasil. Atividades devem acontecer nas portas de Hospitais Universitários. O objetivo é chamar a atenção para a situação da categoria e buscar o apoio da população, além de cobrar um diálogo e respeito da empresa que se recusa a garantir reposição salarial e ainda propõe retirada de direitos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021 que está sendo mediado pela 7a vez no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Nessa sexta, às 20 horas, a Confederação participa de uma live com FNE, CNTS, Fenafar e Fenam para debater e expor os motivos do dia nacional de luta. A live será transmitida ao vivo pelas páginas do Facebook e YouTube da Condsef/Fenadsef.
Hoje, 25, completamos 12 meses do primeiro caso de coronavírus no Brasil. Ontem, o país chegou à marca de 250.000 mortos por Covid-19. Com mais de 1.000 mortes por dia como ocorre atualmente, chegaremos a 300 mil no fim de março. Isso poderia ser evitado. Agora, o governo chantageia o Congresso Nacional e quer aprovar uma PEC Emergencial que retira ainda mais recursos da saúde e educação e desmonta os serviços públicos. Um descaso e retrocesso sem precedentes.
Enquanto isso, o número de profissionais da área de saúde mortos pela Covid-19 voltou a crescer. No primeiro mês de 2021 houve um crescimento de 422%. A sobrecarga de trabalho é apontada como uma das principais causas das mortes.
Falta respeito
Os empregados destacam que a Ebserh não tem tratado seus empregados com respeito. “Além de impor reajuste zero nas cláusulas econômicas, a Ebserh quer mudar a aplicação da regra para o grau de insalubridade dos empregados, o que pode reduzir salários em até 27%. É uma situação inaceitável”, destaca trecho de um manifesto que será lançado durante a live dessa sexta.
A Condsef/Fenadsef também está atenta e acompanhando a negociação no TST. “Após 11 reuniões com a empresa, o impasse permanece. A missão agora é informar a sociedade o que o governo está fazendo com os trabalhadores dos hospitais universitários do País, que estão na linha de frente do combate a Covid-19, e prepara-lá para compreender uma possível paralisação nacional destes profissionais”, comentou a diretora do Sindsep-PE e trabalhadora da Ebserh, Gislaine Fernandes.
Fonte: Condsef