Trabalhadores da Ebserh iniciam greve por tempo indeterminado
Câmara aprova projeto de lei que dispensa licenciamento ambiental
Os trabalhadores da Ebesrh deram início hoje, 13, ao indicativo de greve por tempo indeterminado, que a categoria decidiu em assembleias setoriais.
No Maranhão, houve uma movimentação no Hospital Universitário da UFMA (HUUFMA), que marcou o início do movimento paredista.
“A categoria sempre buscou um entendimento com a Direção da Ebserh, que diferentemente do que a empresa sustenta, sempre se manteve irredutível nas negociações, propondo sempre perdas reais para os trabalhadores”, afirmou Marcos Trovão, diretor de Comunicação do Sindsep/MA e membro da mesa de negociação do ACT 2020/2021 da Ebserh.
Ontem, 12, houve mais uma etapa frustrada de mediação do ACT 2020/2021 dos empregados da Ebserh no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Em reunião virtual realizada ontem, a empresa informou que enviou três propostas a Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais). Em todas há alteração do indexador de cálculo de insalubridade dos trabalhadores. Esse ponto é considerado cláusula pétrea e a mudança pode impor reduções salariais de até 27%.
A Condsef/Fenadsef e demais entidades que compõem a Mesa informaram ao TST não ter autorização dos trabalhadores para negociar proposta que mexa nesse item.
A Ebserh protocolou dissídio de greve. Nenhuma proposta de reajuste salarial também foi apresentada. Os trabalhadores devem seguir atentos. “A greve está mantida. Sigam o percentual mínimo informado por seu sindicato”, pontua o secretário-geral da Confederação.
“A greve está mantida e o Sindsep/MA dará a sustentação necessária para a manutenção do movimento. Os trabalhadores precisam ter seus direitos assegurados, não podemos aceitar qualquer tipo de manobra que tenha como finalidade prejudicar o trabalhador”, declarou Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.
Ainda hoje irão acontecer mais duas movimentações no HUUFMA, uma marcada para as 12h e a outra para as 19h.
O Sindsep/MA, Coren/MA, CUT/MA e demais entidades repre-sentativas dos trabalhadores, reali-zou na manhã de hoje, 12, uma grande carreata pelas ruas de São Luís, em alusão ao Dia Internacional da Enfermagem, Piso Salarial da Ca-tegoria e 30h/semanais.
O evento que teve sua con-centração na Praça Maria Aragão, contou com uma boa participação dos trabalhadores da área da enfer-magem, que após o ato que deu iní-cio ao evento, saíram em carreata pelos principais hospitais da cidade, culminando com o desfecho da mo-bilização em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão (AL/MA).
A categoria com a ação visa pressionar para a aprovação do PL 3739/2020, do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), que estabelece a carga horária de 30 horas sema-nais e até seis horas diárias para os profissionais da Enfermagem; e do PL 2564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato, que tem como proposição a criação do Piso Salarial Nacional para a Enfermagem.
“O engajamento das entida-des que representam a categoria foi fundamental para a mobilização dos trabalhadores. O evento foi um su-cesso e trouxe para a população em geral a necessidade da valorização dos profissionais da saúde. É impor-tante que os projetos do Piso Salari-al e das 30h possam sejam aprova-dos, fazendo assim, justiça aos tra-balhadores da enfermagem”, afir-mou Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.
Indicativo de Greve na Eb-serh
Os trabalhadores da Ebserh em todo o Brasil entram em greve por tempo indeterminado a partir de amanhã, 13.
Aqui no Maranhão estão mar-cadas “movimentações” na entrada do Hospital Universitário da UFMA (HUUFMA), às 7, 13 e 19h.
O principal impasse está na proposta de redução do adicional de insalubridade da categoria, justo no momento em que os emprega-
dos públicos colocam suas próprias vidas em risco para atenderem as vítimas da Covid-19.
A categoria vem tentando de todas as maneiras contornar a situ-ação e cobrando da empresa uma proposta que não ataque causas consideradas itens inegociáveis co-mo é o caso das regras da insalubri-dade, definida como cláusula pé-trea. A mudança pode impor uma redução de salários da categoria de até 27%. A empresa também insiste no reajuste zero para todas as cláu-sulas econômicas.
“As negociações exauriram todas as tentativas de um acordo entre a categoria e a empresa, e os trabalhadores decidiram por defla-gra o movimento grevista, para que assim, a Ebserh possa tomar uma providência com relação ás pen-dências contidas no ACT 2019/2020”, informou Marcos Tro-vão, diretor de Comunicação do Sindsep/MA e membro da Mesa Nacional de Negociação Coletiva da Ebserh.
O presidente do Sindsep/MA, Raimundo Pereira foi eleito vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde do Maranhão para recompor a Mesa Diretora, no cargo vago, na continuação do mandato atual. A vaga pertence ao segmento dos trabalhadores em saúde e a escolha foi feita durante a Reunião Ordinária do Conselho, ocorrida de forma remota.
Raimundo é técnico de enfermagem e milita nos movimentos sociais e sindicais há mais de três décadas, atualmente cumpre o segundo mandato de presidente do Sindsep/MA.
O Conselho Estadual de Saúde do Maranhão (CESMA) é uma entidade muito importante, que tem papel propositivo e de fiscalização das ações na politica pública da saúde e é composto por: trabalhadores do Setor, usuários do Sistema e gestores públicos.
“Sempre defendemos o Controle Social do Sistema Único de Saúde e agora temos a oportunidade de participar diretamente desse processo.”
Raimundo Pereira.
Para Manoel Lages, presidente da CUT Maranhão, com a alteração na lei nº 8.142/90, que trata sobre os Conselhos de Saúde, o CESMA está mais democrático, pois agora, além de ter a Raimunda Rudakoff, representante da CUT Maranhão como presidenta, temos a eleição do Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA para a vice-presidência.
“Finalmente agora temos uma representante dos usuários do SUS na presidência e um representante dos trabalhadores na vice-presidência. Isso é um grande avanço do Controle Social na Saúde em nosso estado. Oxalá os Conselhos Municipais resolvam democratizar suas leis, que engessam nas mãos do secretário municipal de saúde, o papel de presidente do Conselho e sigam o exemplo do CESMA.”, disse Manoel Lages.