Servidor aumenta pressão por 19,99% e governo volta a falar em 5% linear a partir de julho
Bolsonaro muda uso dos tíquetes-refeição e direito a almoço no trabalho pode acabar
Os trabalhadores do Ministério do Trabalho, resolveram hoje, 30, encerrar a paralisação de 24h, que teve como foco, pressionar o Governo Federal a conceder a reposição emergencial de 19,99% para os servidores públicos federais.
Na manhã de hoje, o Sindsep/MA realizou uma reunião com a Assessoria Jurídica e a categoria, para que dúvidas fossem tiradas com relação ao movimento paredista, para que assim, os trabalhadores pudessem ter propriedade dos seus direitos e deveres.
Após a reunião a categoria resolveu por fim à paralisação, com o indicativo de uma nova assembleia datada para o próximo dia 01 de abril, com a data e hora a serem confirmadas.
Servidores do Ministério do Trabalho realizam nessa terça-feira,29 de março paralisação de 24 horas para exigir do governo federal reposição emergencial de 19,99%.
Para receber os usuários na sede da Superintendência Regional do Trabalho o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão – Sindsep/MA ofereceu um café da manhã enquanto os trabalhadores do Ministério do Trabalho explicavam os motivos da paralisação.
Apesar de estar sendo prejudicados com a paralisação, a maioria dos usuários entendeu a situação e foram solidários com a luta dos servidores.
“Nós estamos tentando negociar com o governo desde de janeiro e até agora a resposta que o ministério da economia nos deu é que não tem previsão de reajuste e isso a categoria não aceita mais; já estamos há mais de 5 anos sem qualquer reajuste”, disse Marcelo Sampaio Rodrigues , servidor do Ministério do Trabalho.
O movimento de paralisação é nacional e se o governo não atender as reivindicações da categoria o sentimento entre os trabalhadores é de transformar a paralisação de 24 horas em greve geral por tempo indeterminado.
“A nossa Confederação está empenhada em resolver a situação dos trabalhadores através de negociações, entretanto, se não as reivindicações da categoria não forem aceitas só restará aos servidores a construção de uma greve geral por tempo indeterminado”, disse Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.
Os servidores do Ministério do Trabalho no Maranhão decidiram por unanimidade fazer paralisação de 24 horas nessa terça-feira, 29, podendo ser estendida até a quarta-feira, 30, para pressionar o governo federal a conceder recomposição emergencial de 19,99% para a categoria.
A reunião ocorreu de forma híbrida (presencial e à distância) para que fosse alcançado também os servidores que estão trabalhando de forma remota e ainda os trabalhadores do interior do estado.
“Nós já estamos tentando negociar com o governo desde janeiro através da Condsef e do Fonasef, entretanto esse processo negocial pouco avançou e o que nos resta é pressionar o governo através da nossa mobilização”, disse Marcelo Sampaio Rodrigues, servidor do Ministério do Trabalho e delegado de Base do Sindsep/MA.
O presidente do Sindsep/MA, Raimundo Pereira chamou a atenção para a importância da unidade da categoria para garantir uma adesão maciça no movimento de paralisação e que somente assim mostrando força e união o governo irá ceder às reivindicações dos servidores.
“O Sindicato dará toda a assistência jurídica e suporte administrativo necessários para garantir a realização da paralização”, disse Raimundo Pereira.
Durante a assembleia ficou acertado ainda que o Sindsep irá oferecer um café da manhã aos servidores e usuários a partir das 8 horas dessa terça-feira, 29 de março.
“Precisamos mostrar a nossa indignação ao governo com força e determinação para garantir que nossas demandas sejam atendidas”, reafirmou Raimundo Pereira.
A direção do Sindsep/MA reuniu-se na manhã de hoje, 25, com os servidores do Ministério do Trabalho para discutir e deliberar sobre a pauta emergencial dos servidores públicos federais (reposição salarial de 19,99%).
Na ocasião foi apresentada pela direção do sindicato a conjuntura atual da categoria e os passos que estão sendo dados pelo sindicato e suas instancias superiores (Federação, Confederação e Central Sindical) no intuito de negociar e aprovar a pauta.
Dentre os temas debatidos foram priorizados o indicativo de paralisação e a ação de pressão sobre os parlamentares. Para garantir maior legitimidade e alcançar um número maior de pessoas a reunião foi transmitida de forma digital para os trabalhadores das regionais e também os servidores que estão trabalhando de forma remota.
Após as discussões foi aprovado uma reunião para segunda-feira às 10:00h, para deliberar pela paralisação ou não da categoria a partir do dia 29, terça-feira.
“O sindicato está tomando todas as medidas para que possamos construir um movimento paredista forte, coeso e representativo, para tanto, precisamos ouvir todos os envolvidos no processo”, afirmou João Carlos Martins, diretor de Administração e Finanças do Sindsep/MA.
Cinco anos sem qualquer reajuste, arrocho salarial, aumento no preço dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha, remédios e a inflação já em dois dígitos que retorna para assombrar a vida dos brasileiros.
Esse cenário, o descaso do governo e a falta de investimentos e cortes bilionários no orçamento da União em setores essenciais unem servidores públicos federais em torno de uma greve por reposição salarial emergencial. A quarta-feira, 23, foi marcada por atividades em todo o país.
Paralisação de atividades iniciada com servidores do INSS, protestos em frente ao Ministério da Economia, em Brasília, na vigília permanente instalada para cobrar abertura de um canal de negociações com o governo, e manifestações em defesa dos servidores e serviços públicos pelo Brasil reforçaram a mobilização em defesa do pleito central da categoria.
O percentual emergencial de 19,99% que está no centro da reivindicação da categoria corresponde a perda inflacionária do governo Bolsonaro.
Após três anos de silêncio, o Ministério da Economia recebeu ontem, 22, representantes do conjunto dos federais (Fonasefe), mas apenas reafirmou que não tem condições de abrir negociações que gerem impacto financeiro por limitações orçamentárias.
A promessa feita aos servidores é de que até o dia 1º de abril uma resposta oficial será dada ao pleito da categoria. Nossas ações de pressão e o início da greve foram fundamentais para que o governo acenasse com essa primeira reunião, mas é preciso manter e reforçar o processo de mobilização.
Durante a vigília nessa quarta, 23, em frente ao Ministério da Economia, o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, destacou que há vários dias a categoria está em frente ao Bloco P, onde o ministro Paulo Guedes dá seu expediente, e em apenas um o ministro foi visto.
É greve porque é grave!
Só não virá a reposição se o governo não quiser! Nossa resistência, pressão e nossa luta é que vão ditar o tamanho de nossa vitória!
Vamos ficar atentos às datas! Falta menos de 20 dias para que o governo decida sobre reajustes para o funcionalismo.
Não podemos mais suportar a falta de diálogo, falta de investimentos no setor público, o congelamento e o arrocho salarial imposto por esse governo. Seguiremos firmes e em luta até sermos atendidos.
Fonte: Condsef