Diário Sindsep Nº 4128 – 14/01/2021

Concurso da PRF com 1,5 mil vagas terá intervalo de dois meses entre edital e prova

Reflexão: O Caminho da Vida (Charles Chaplin)

Programa “Sindsep Entrevista”: João Pedro Stédile, Coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, na pauta a “Reforma agrária e seus reflexos durante a pandemia”.

Centrais querem dar um basta às milhares de demissões e à desindrustrialização

Desmonte do Banco do Brasil é compromisso de Guedes: ‘Tem de vender essa p* logo’

Já disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião ministerial (22 de abril do ano passado): “O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização”. Na ocasião, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendia que o governo aproveitasse a preocupação geral com a pandemia para passar a “boiada” do desmonte do Estado. Paulo Guedes, então, foi taxativo: “É um caso pronto e a gente não tá dando esse passo (…) Então tem que vender essa porra logo”.

E o ministro começa a soltar sua boiada de 2021. O Banco do Brasil anunciou hoje (11) o objetivo de demitir 5 mil funcionários até o início de fevereiro e desativar 361 unidades, entre as quais 112 agências e 242 postos de atendimento.

Desmonte do papel do Banco do Brasil

No comunicado desta segunda-feira, a direção do banco apresenta um plano de “redimensionamento de sua estrutura organizacional“. O plano inclui um “programa de adequação de quadros” (PAQ) e outro de “desligamento extraordinário” (PDE). “A estimativa do BB é que cerca de 5 mil funcionários venham a aderir aos dois programas de desligamento”, diz a nota, assinada pelo vice-presidente de Gestão Dinanceira e Relações com Investidores, Carlos José da Costa André. O executivo diz que pretende informar ao mercado até 5 de fevereiro o total de adesões e seu impacto financeiro.

Nos últimos cinco anos, entre o início de 2016 e setembro de 2020, o BB já eliminou mais de 17 mil postos de trabalho. No mesmo período, fechou 1.058 agências. Enquanto isso, teve acréscimo de 9,5 milhões de clientes. De janeiro a setembro, obteve lucro líquido de R$ 10,2 bilhões.

“Reduzir o atendimento representa um desmonte do papel social do Banco do Brasil, que é um banco público, aumentando as filas e dificultando o acesso. O idoso que tem conta no Banco do Brasil vai procurar outra instituição financeira para poder movimentar melhor a sua conta. Ele não vai sair do seu bairro para locais distantes para ser atendido”, diz o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, João Fukunaga, em entrevista do site da CUT.

Pressão pelo PDV

O dirigente, que é funcionário do BB, observa que o banco tem a sua maior carteira de clientes junto ao agronegócio, mas está abandonando o pequeno agricultor. “Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura suspendeu os contratos com uma cooperativa para fornecimento de alimentos que compõem a merenda das escolas municipais. Sem uma agência do BB próxima, esse agricultor vai procurar uma agência de um banco privado com taxas de juros extorsivas”, lamenta.

Fukunaga avalia que o BB pretende demitir bancários com mais tempo de cas. Segundo ele, uma das formas de pressão para que funcionários com esse perfil adiram ao “desligamento extraordinário” é rebaixar cargos e salários. “Um gerente que ganhe quatro, cinco vezes a mais do que um escriturário vai aceitar a demissão voluntária porque sabe que adiante pode perder o cargo, voltando a receber um salário bem menor, o que impactará na vida financeira dele e da família”, afirma o diretor do sindicato.

Também funcionário de carreira do BB, o ex-ministro Ricardo Berzoini vê no plano lançado hoje compromisso de Paulo Guedes com o mercado financeiro. “Guedes entrega aquilo que prometeu ao mercado (nas eleições de 2018). Destruir o setor público no sistema financeiro”, disse Berzoini em entrevista ao portal Fórum. Berzoini presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo nos anos 1990. Foi eleito quatro vezes deputado federal e foi ministro da Previdência Social e do Trabalho no governo Lula. No governo Dilma, comandou os ministérios das Relações Institucionais, das Comunicações e a Secretaria de Governo.

Fonte: Rede Brasil Atual

Diário Sindsep Nº 4126 – 12/01/2021

Servidores reforçam luta contra regulamentação da grilagem de terras no Brasil

Box: Com Covid-19 em alta, entidades, sindicatos e pais de alunos reivindicam: adia Enem

Programa “Sindsep Entrevista”: João Pedro Stédile, Coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, na pauta a “Reforma agrária e seus reflexos durante a pandemia”.

Com alta dos alimentos inflação dispara, chega a 4,52% e fica acima da meta

Instituto Federal do Maranhão completa 12 anos de implantação

Privatizações e o descaso com a população

Os recentes apagões registrados em vários estados brasileiros têm uma coisa em comum, todas as companhias foram privatizadas. Muitos serviços terceirizados e com isso a segurança e o padrão de atendimento ao consumidor caíram consideravelmente.

No Amapá, em 3 de novembro, por negligencia e falta de fiscalização a operadora de energia no estado estava operando sem backup e com apenas um gerador quando este incendiou e deixou o Amapá por 22 dias praticamente no escuro.

No Piauí, dia 20 de novembro, cerca de vinte cidades ficaram sem energia por mais de 10 horas por conta de uma falha e desligamento na linha de distribuição de alimentação das subestações de Nazária, Curralinho, São Pedro, regeneração e Amarante.

Já no Maranhão, no dia 8 de janeiro de 2021, um acidente com um cabo da rede da EDP Transmissão – empresa terceirizada – provocou um blecaute interrompendo a carga da Equatorial Energia, distribuidora que atende o estado deixando a região da grande ilha de São Luís sem energia por aproximadamente 4 horas.

O sucateamento do setor elétrico por parte do governo federal e a falta de fiscalização da agencia reguladora trem desmontado o setor energético brasileiro, trazendo riscos ao desenvolvimento do país, que mesmo em plena pandemia e com a diminuição da produção industrial e do comércio tem sofrido com os constantes cortes de fornecimento de energia.

O presidente do Sindsep/MA, Raimundo Pereira entende que somente com a participação organizada da sociedade e a ocupação das ruas em protesto a esses desmontes poderão conter essa sanha privatista do Paulo Guedes e do governo Bolsonaro. “Precisamos convocar os movimentos sociais para junto com o movimento sindical ocupar as ruas e assim proteger o patrimônio dos brasileiros de mais essa tentativa de destruição de nossas empresas estatais”, disse Raimundo Pereira.

Esses acontecimentos recentes precisam ser encarados como um aviso para frear o sucateamento da Eletrobrás, evitar novas privatizações e exigir que as empresas privadas que hoje atuam no setor cumpram com as exigências e o padrão de qualidade constante nos contratos de concessão.

O Sindsep sempre chamou a atenção para os riscos de entregar ao setor privado nossas estatais do setor elétrico, principalmente por ser um setor estratégico para o desenvolvimento da nação. Os acontecimentos recentes mostram que a diminuição de custos – típicos da iniciativa privada – para aumento de lucros sem qualquer critério é formula certa para o desastre.

“Vamos continuar denunciando os desmontes promovidos por esse governo desastroso e sem compromissos com os trabalhadores e a sociedade brasileira” completou Raimundo Pereira.

Diário Sindsep Nº 4125 – 11/01/2021

Privatizações e o descaso com a população

Sindsep/MA INFORMA

Edital de Convocação Nº001/2021 – Reunião do Conselho Deliberativo

Box: Decisão do TRT em Manaus é precedente para a volta dos demitidos da Conab

Programa “Sindsep Entrevista”: João Pedro Stédile, Coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, na pauta a “Reforma agrária e seus reflexos durante a pandemia”.