Condsef/Fenadsef reforça verdades e mentiras sobre funcionalismo

A Condsef/Fenadsef vem divulgando em suas redes sociais, no Facebook, Twitter e Instagram, uma campanha que reforça verdades e mentiras sobre o funcionalismo público. O objetivo é trazer luz e esclarecer informações que são propagadas como regra geral quando o assunto são servidores e serviços públicos. Tais máximas desinformam a sociedade e são muito usadas pelo governo e repetidas também pela grande mídia. Isso gera na população, principalmente a que mais depende de serviços públicos, a impressão equivocada de que reformas feitas para enfraquecer e piorar o atendimento, abrindo campo para as privatizações, são necessárias.

A sociedade passa assim a defender propostas que serão nocivas acreditando nas muitas mentiras propagadas sobre servidores e serviços públicos. A reforma Administrativa (PEC 32/20), proposta pelo governo Bolsonaro, é um verdadeiro tiro no pé da população usuária de serviços públicos. Nos acompanhe nas redes e ajude a divulgar e esclarecer as verdades e mentiras sobre o funcionalismo. Essa é uma luta diária e permanente em defesa do Brasil.

É MENTIRA QUE TEM MUITA GENTE NO SERVIÇO PÚBLICO

No Brasil, apenas 12% dos trabalhadores são servidores, enquanto a média da OCDE (grupo que reúne a maioria dos países mais ricos) é 18%. Se o Brasil fizesse parte da OCDE, estaria próximo das últimas posições em quantidades proporcionais. Além disso, desde 2018 há uma queda do número de servidores, causada por aposentadorias que não foram preenchidas pela ausência de concursos.

É VERDADE QUE A ESTABILIDADE PROTEGE A POPULAÇÃO

Após aprovação em concurso público, desde a Constituição de 1988, o servidor tem a garantia de permanência no trabalho assegurada pela estabilidade. E é exatamente isso que lhe garante as condições necessárias para desempenhar suas funções sem pressões políticas ou de grupos econômicos. É isso que garante a impessoalidade e, portanto, qualidade na prestação de serviços da administração pública.

É MENTIRA QUE O SERVIÇO PÚBLICO É CABIDE DE EMPREGOS

Para se tornar servidor é preciso passar em um concurso público, acessível a toda a população. A prova tem por objetivo qualificar o serviço público, de forma a garantir impessoalidade na contratação, garantindo assim que o quadro de funcionários seja sempre o mais competente possível para cada órgão público. E como só 1% dos cargos públicos são ocupados por pessoas sem concurso, fica evidente que essa narrativa de “cabide de empregos” é MENTIROSA.

É VERDADE QUE O SALÁRIO MÉDIO DE SERVIDORES DO EXECUTIVO É EQUIVALANTE AOS DO SETOR PRIVADO

Em 30 anos, o salário médio de servidores do Poder Executivo (professor, enfermeira, policial etc.) subiu apenas 0,56% ao ano, e na maioria dos casos é EQUIVALENTE com o do setor privado.

É MENTIRA QUE SERVIDORES PÚBLICOS RECEBEM SUPER SALÁRIOS

De acordo com pesquisa realizada pelo SIAPE, a remuneração média de servidores não é tão elevada quanto se propaga. Mais de 50% ganham até 6,5 salários mínimos (cerca de R$ 6,500). Apenas 15,4% ganham acima de R$ 13,000.

Condsef/Fenadsef

Condsef/Fenadsef e filiadas vão às ruas em defesa do serviço público e estatais

A quarta-feira, 30, foi marcada por um Dia Nacional de Luta em defesa dos serviços públicos, das estatais e contra a PEC 32/20 da reforma Administrativa de Bolsonaro-Guedes. De Norte a Sul do Brasil, a Condsef/Fenadsef e suas entidades filiadas integraram as atividades que reuniram servidores federais, estaduais e municipais e contaram com apoio das centrais sindicais e representantes da sociedade civil organizada. O secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, participou do ato, em Brasília, que teve concentração organizada pelo Sindsep-DF no Espaço do Servidor, seguindo normas de seguranças exigidas pelo momento de pandemia que o Brasil ainda enfrenta.
Sérgio lembrou que este é um importante passo na luta contra a reforma Administrativa e outros projetos que tramitam no Congresso Nacional com a intenção de desmontar o Estado brasileiro, entregando setores estratégicos para a sociedade à iniciativa privada. O próximo ato nacional em defesa dos serviços públicos já tem data: 28 de outubro.

Confira participação das filiadas à Condsef/Fenadsef em diversos estados nesse Dia Nacional de Luta:

Maranhão
A atividade em São Luís foi em frente ao Ministério da Economia (Canto da Fabril). O ato contra a reforma Administrativa de Bolsonaro foi organizado pelo Sindsep/MA, CUT/MA, sindicatos e demais centrais sindicais.

Minas Gerais
A atividade teve concentração na Praça da Estação. Os servidores mineiros protestaram contra o desmonte dos servidores públicos e levaram cruzes representando os ataques ao Estado brasileiro que prejudicam a maioria da população que depende de serviços públicos.

Amapá
Uma carreata pelas ruas de Macapá marcou o Dia Nacional de Luta contra a reforma Administrativa no estado do Amapá. A manifestação contou com uma intervenção do presidente Errolflynn Paixão da CUT/AP que em frente da sede do INSS convocou os servidores públicos à luta, para barrar a reforma administrativa.

Ceará
Junto com a CUT-CE, demais centrais, representantes dos sindicatos de servidores estaduais e municipais e dos movimentos populares, o Sintsef-CE participou do “Dia Nacional e Defesa do Serviço Público e Contra as Privatizações”, que aconteceu em frente a sede dos Correios, no Centro de Fortaleza.

Mato Grosso
Em Cuiabá houve panfletagem e distribuição de máscaras, além de diálogo com trabalhadores que buscavam serviços em três agências da Caixa Econômica Federal, explicando os malefícios da Reforma Administrativa. A grande maioria que estava na fila usava máscaras mas não respeitaram o distanciamento social. Na parte da tarde aconteceu uma grande carreata pelas ruas da capital com destino final no Palácio Paiaguás, sede do governo estadual.

Outras capitais e cidades do interior também registraram atividades em defesa dos serviços públicos e contra a reforma Administrativa.

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