Brasil perde mais de 40% dos recursos disponíveis a fiscalização do trabalho

Essa quinta, 28, é marcada pelo o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Uma luta que tem enfrentado inúmeros desafios, já que uma parte representada no Congresso Nacional, e o atual governo cortaram em mais de 40% os recursos disponíveis a este trabalho ainda indispensável em pleno século 21. Com um déficit de 1,5 mil fiscais, a auditoria fiscal do trabalho resiste às restrições governamentais e persiste em sua jornada. Esta data merece ser utilizada para manifestar, reconhecer e apoiar a luta incansável daqueles e daquelas que estão nesta frente de batalha.

Depois de 132 anos da abolição da escravatura o combate pela abolição definitiva da sujeição de trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes, como a imposição do trabalho forçado, de jornadas exaustivas, da servidão por dívidas e/ou condições degradantes, a fiscalização do trabalho resiste, persiste e continua sua jornada. Mesmo assim, o Brasil está no incômodo pódio dos países com maior número de pessoas trabalhando de forma análoga à escravidão.

Não existem palavras suficientes para descrever a importância do processo de fiscalização. Por isso, é importante utilizar o dia de hoje para refletir sobre os efeitos da destruição do Estado de Bem-Estar Social promovida pelo governo. Sem orçamento, sem um número de fiscais adequado, o combate se torna muito mais difícil. Vamos lutar por um Brasil de todos novamente. Junte-se a nós na defesa dos serviços públicos e pela valorização dos trabalhadores!

Fonte: Condsef

Semana tem Condsef/Fenadsef no FSM. Vigília, carreata e panelaço dia 1o. Confira

Condsef/Fenadsef

A agenda de atividades em defesa dos serviços públicos está intensa essa semana. A Condsef/Fenadsef integra várias dessas atividades e convoca suas entidades filiadas e a maioria dos servidores do Executivo a participar. A partir dessa terça-feira, 26, até o dia 1o de fevereiro debates, participação no Fórum Social Mundial (FSM), reuniões, assembleia da Ebserh no Ceará, atos dos servidores da Cultura, Funasa e Incra, carreatas e uma vigília no Congresso Nacional e panelaço estão no calendário. Confira a seguir a agenda completa e participe. Em defesa de um programa de vacinação ampla, em defesa do SUS, dos serviços públicos, contra as privatizações e contra a reforma Administrativa. Vamos todos e todas juntos.

Terça, 26

9h – Reunião do conselho político da Auditoria Cidadã da Dívida
9h às 12h – Plenária com participação dos movimentos sociais e centrais sindicais para discutir cronograma e atividades do próximo período
10h – Live do Fonasefe no FSM
15h – Reunião do Fórum da Cultura

Quarta, 27

14h – Assembleia dos empregados e empregadas da Ebserh do Ceará que vão debater o processo de mobilização da categoria em torno do ACT 2020/2021

Quinta, 28

9h – Reunião da Direção Executiva da Condsef/Fenadsef para discutir encaminhamentos e demandas da semana
16h – Reunião com a direção da Funasa para discutir protocolo que impõe o retorno imediato dos servidores ao trabalho presencial
16h – Live da Condsef/Fenadsef no FMS “A importância dos serviços públicos no Brasil”

Sexta, 29

10h – Ato na porta da sede do Incra em Brasília. Protesto contra a expulsão e despejo do prédio de entidades que estão no local há mais de 30 anos como Cnasi e Sindsep-DF

Segunda, 1o

Abrindo o mês de fevereiro e a próxima semana, a segunda-feira, 1o, será Dia Nacional de Lutas com programação ao longo de todo o dia. Carreatas serão realizadas em diversos estados. Em Brasília, a partir das 12h, com concentração no Palácio do Buritis, a Condsef/Fenadsef e o Sindsep-DF organizam uma carreata que sairá em direção ao Congresso Nacional onde o Fonasefe fará uma vigília com ato às 14h para entregar uma pauta de reivindicações do conjunto dos servidores aos candidatos à presidência da Câmara e do Senado. Às 20h um panelaço nacional está sendo convocado em defesa da vacina contra a Covid-19 gratuita e para todos.

Povo pressiona e STF manda investigar

Após milhares de pessoas ocuparem as ruas em todo o Brasil contra o descaso do governo Bolsonaro no combate à pandemia de coronavírus, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, autorizou abertura de inquérito contra o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello para apurar responsabilidades no horror que aconteceu em Manaus quando dezenas de pacientes morreram por falta de oxigênio.

Com isso, o general agora é oficialmente investigado e pesam sobre ele denúncias gravíssimas de que ele tinha conhecimento pelo menos duas semanas antes de que haveria falta de oxigênio para atender a demanda dos pacientes de covid em Manaus.

Mesmo sendo impensado, essa atitude já não causa espanto em mais ninguém, afinal, o ministro segue estritamente a cartilha negacionista e irresponsável do presidente.
O que causa estranheza é que mesmo com todas as atitudes do presidente Bolsonaro endossando e fazendo propagando de tratamento precoce com medicamento que a comunidade cientifica já rejeitou para o tratamento de covid 19, desrespeitando a obrigatoriedade do uso de máscaras e desautorizando o distanciamento social, ele ainda esteja sendo protegido pelas instituições que deveriam zelar pelo cumprimento das Leis e a proteção da população.

Para o presidente do Sindsep/MA, Raimundo Pereira, somente a pressão do povo ocupando aas rus poderá forçar o Congresso Nacional pautar com seriedade a discussão do impeachment do presidente Bolsonaro.

Até agora o governo estava blindado e agora com a pressão das ruas as Instituições estão se movimentando a reboque das mobilizações.

“Foi só a população se unir e mesmo com medo da contaminação por covid, mas respeitando os protocolos da OMS, ocupar as ruas de todo o país para a Procuradoria Geral da República finalmente tomar uma providencia contra o ministro Pazuello. Agora precisamos continuar pressionando para a investigação chegar ao chefe dele e o Congresso encaminhar o processo de impeachment desse genocida”, disse Raimundo Pereira.