Fortalecer o SUS: uma tarefa nacional

Vai passar? Sim, vai passar. E ninguém tem dúvida de que a humanidade sobreviverá e continuará sua história na Terra. Cremos que deixará legados. Bons e maus. Quais serão, para além de uma tênue memória do episódio, 100 anos depois, como a da pandemia da gripe espanhola de 1918/19?

A economia agroexportadora continuou no Brasil, apesar dos episódios nefastos como o de navios não poderem atracar por epidemias à bordo (menos significativos do que à época da epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro — poucos anos antes). Afinal, o modelo tinha sobrevivido também à Greve Geral de 1917.

A explosão de alegria no Carnaval seguinte precisou ser lembrada por pesquisa aos periódicos de então. Mas houve hipótese também de dano mais prolongado do que as milhares de mortes daqueles meses. Suspeita-se que a epidemia de infartos e doença coronariana, das décadas 1940-50, possa ter sido um legado tardio.

Antes, perdido na rememoração do final de 1918 no Brasil, veio à tona que o quinino foi usado para tratar pacientes, o antimalárico usado à época. Não surpreende, pois, que agora, por analogia, a cloroquina venha à cena.

Não veio, no entanto, uma ação do Governo na área de saúde que dá frutos até hoje, em que pesem problemas variados ao longo da história das instituições nacionais de saúde.

A criação do “Serviço de Produção de Medicamentos Officiaes” (SPMO) data de 1º de maio de 1918, por Decreto Presidencial nº 13.000, que definia que se localizaria no Instituto Oswaldo Cruz; seu objetivo era produzir quinino e outros medicamentos. A epidemia no Brasil aparentemente começou em setembro daquele ano. A ação foi preparatória e de longo alcance. E o presidente, atento à saúde e higiene, que antes nomeara Oswaldo Cruz, e agora depositava a confiança em Carlos Chagas, faleceria vítima da espanhola. Passada a epidemia, o medicamento ainda interessava, foi construída a pioneira fábrica de quinino na fazenda de Manguinhos, logo atrás do Castelo de Oswaldo Cruz. Farmanguinhos/Fiocruz é sua sucessora.

Em 2008, descortinado esse fato, descerramos uma placa comemorativa no Complexo Tecnológico de Produção de Medicamentos em Jacarepaguá, com a presença da então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do ministro José Temporão. Mais tarde ainda entregamos a primeira partida de Efavirenz (medicamento crítico para a AIDS), totalmente produzido no Brasil e sob controle direto de Farmanguinhos em ação inovadora. Essa ação estatal, em vez de prejudicar iniciativas produtivas farmoquímicas privadas nacionais, iniciou o processo de salvá-las e desencadeou outras ações de governo coerentes.

Talvez possamos estar errados quanto à opinião de que a criação do SPMO foi o maior benefício para o Brasil trazido pela gripe espanhola há 100 anos.

E agora? Além de importar equipamentos, como respiradores e produtos, como testes diagnósticos, o que faremos? A produção nacional diz da soberania, mas principalmente de não ficar inermes frente à escassez mundial, deixando de servir ao povo brasileiro. Temos capacidade tecnológica para tanto, mas as armadilhas da tradição exportadora de produtos primários nos fez refém de importações que destruíram nossas indústrias privadas.

E quem trabalhou em laboratórios como o Instituto de Pesquisas Biológicas de Porto Alegre, Instituto Adolfo Lutz, Instituto Oswaldo Cruz, Instituto Evandro Chagas, entre outros, sabe da capacidade que é atropelada pela importação, mas também pela falta de planejamento na Saúde, que depende da definição de programas de grupos técnicos ad hoc. E, antes de nos preparamos para supri-los, deslancha-se programas de compras por importação.

Legado para o SUS

Assim, somos levados a pensar no tipo de legado para o SUS, agora. A defesa da indústria nacional é crítica para os sistemas de saúde, especialmente nos momentos de crise. Enquanto a criação do Serviço Nacional de Saúde inglês alavancou a indústria britânica de medicamentos que, de importadora, passou a exportadora, não criamos as bases para isso na farmoquímica brasileira. Na área de imunobiológicos, liquidamos com nossos produtos pioneiros por falta de inovação e passamos a importar tecnologia das multinacionais.

:: “Apesar das fragilidades, SUS está preparado para coronavírus”, diz sanitarista ::

Esse fato demonstra que o projeto nacional de desenvolvimento é condição necessária para o fortalecimento do SUS. E para ele estabelecer um planejamento do Ministério da Saúde que o respeite e para ele contribua — uma interação necessária.

Fortalecer o SUS é também liberá-lo de riscos do trabalho e do ambiente, por meio de todo o sistema produtivo e ambiental, bem como do efeito danoso do abandono social da população, da cruel desigualdade social. Fortalecer o SUS é propiciar educação para todo o povo brasileiro para que possa se proteger e cuidar dos seus familiares. Assim o SUS poderia dedicar-se ao que é central na sua missão.

Dito isto, há também de fortalecer o SUS por dentro ou em si. O que precisa ser o SUS renovado? Um sistema de saúde universal que garanta a prestação de serviços de saúde adequados à população brasileira com equidade.

O SUS, no entanto, não é o único prestador de serviços de saúde no Brasil. Aliás, como sistema, ele não é um ente, não presta qualquer serviço. As entidades de saúde, públicas e privadas, filantrópicas ou lucrativas, é que prestam os serviços. E o SUS os financia. Paralelamente ao SUS, há outros prestadores de saúde privados do sistema de saúde dos planos privados ou autônomos (muito marginalmente) hoje, que não são financiados diretamente pelo SUS, mas sim diretamente por usuários, ainda que recebam indiretamente benefícios do Estado (inclusive como abatimento de imposto de renda dos que ganham mais). Para regulamentar o segmento de prestação de serviços privados de saúde foi criada a Agência Nacional da Saúde Suplementar. Como também foi criada a Anvisa para cuidar dos padrões de qualidade de produtos sanitários.

Das características do SUS, enquanto tal, e não de todo o setor de Saúde brasileiro, resultam alguns problemas que precisam ser sanados para que seja fortalecido internamente. Vamos focar em apenas dois deles.

A primeira seria a fragmentação dos prestadores por entidades, com abordagens e interesses diferentes, reduz a capacidade de planejar nacionalmente e mesmo localmente, resultando daí a má distribuição dos recursos, provocando inequidade no acesso e na qualidade dos serviços. Isso, no caso brasileiro, fica mais sério ainda, dada a urbanização descontrolada refletida na falta de políticas habitacionais, de saneamento, de transportes, educacionais, enfim, econômicas e sociais agravadas durante a ditadura militar e não respondidas a contento nesses 30 anos, pós-Constituição Federal de 1988 e pós-Lei 8.080/1990. A crise atual agrava-se com a distribuição dos leitos de UTI, que seguem padrões mercadológicos.

Já a segunda se refere aos recursos humanos para a saúde. Essa mesma característica do SUS não permitiu a criação nacional de uma carreira de servidores do SUS. Ora, há prestação por entidades públicas de saúde nos âmbitos federal, estadual e municipal, além das entidades privadas. E, mesmo na área pública, inclusive com políticas neoliberais de precarização de contratos trabalhistas e de legislação de controle fiscal, grande parte dos trabalhadores da saúde são terceirizados, ou seja, não têm a característica de estabilidade para o treinamento continuado e o convívio prolongado com as comunidades, que são a melhor característica da atenção primária de qualidade.

Os servidores do front sanitário, particularmente nos hospitais, nessa epidemia, como soe acontecer, são os mais expostos ao risco de adoecer e morrer. Pela natureza da exposição ser íntima, como especialmente com o pessoal de enfermagem e serviços de limpeza, por ser prolongada e submetida a altas cargas virais.

Nessa pandemia, a sociedade tem manifestado seu reconhecimento pela dedicação e tem valorizado os trabalhadores da saúde, em todo o mundo. Na Espanha, criou-se um ritual matinal de aplaudir das janelas os trabalhadores da saúde que vão assumir seus postos. E mais deveriam ser aqui no Brasil, onde suas condições de contrato e trabalho são precários. Não é incomum que um técnico de enfermagem trabalhe em até três hospitais diferentes, no regime de plantão, com contratos diferentes, para poder ganhar o suficiente para manter sua família. Com isso, também são vetores de transmissão da doença para suas famílias e comunidades, e vários mandaram seus filhos para casa de outros parentes nesse momento.

No entanto, isso não acontece só agora. A incidência mais elevada de várias doenças está entre o pessoal da saúde todo o tempo. Um dos exemplos críticos é com a hepatite C.

Por tudo isso, está na hora da Carreira da Saúde. Preferencialmente em tempo integral. É tão estratégico quanto a das Forças Armadas para a segurança nacional. E nos deixa um legado indelével do enfrentamento ao coronavírus, que vai nos servir por mais 100 anos. Será sempre lembrado que a outorga foi por sua dedicação ética, seu destemor e sua disciplina profissional.

Claro que, para isso, precisamos fazer do SUS um Serviço Universal da Saúde, fortalecendo-o. Planejamento central, que não seja apenas o orçamentário, mas o estratégico, voltado para a equidade. E preparo de unidades flexíveis de saúde para movimentação tática.

De início, criar os SES (Serviços Estaduais de Saúde), públicos e universais a nível estadual. Os serviços municipais deverão ser diretamente coordenados por cada estado.

Outro arranjo poderia ser a criação de um Instituto Nacional de Saúde Pública.

Não propomos, portanto, Mais SUS, ou Defender o SUS. A proposta é a união nacional para fortalecer o SUS, como objetivo nacional permanente, com a criação do Quadro Nacional de Servidores Públicos da Saúde.
*Eduardo Costa é médico-sanitarista, PhD em Epidemiologia e atualmente é assessor de cooperação internacional da ENSP/Fiocruz.

Edição: Vivian Fernandes

Fonte: Brasil de Fato

ARROCHO GERA MAIS ARROCHO

O Sindsep/MA conforme recomendação repassada pela Condsef/Fenadsef, convoca os seus filiados (a) à pressionarem os deputados federais do Maranhão a votarem contra os cortes salariais dos servidores proposto pelo Governo Federal, conforme quadro abaixo.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Públicos – Condsef/Fenadsef está pressionando os congressistas em Brasilia para rejeitar a diminuição dos salários dos servidores públicos. A direção da Condsef entende que o momento é difícil para todos, mas não será com redução de salários nem desmontando os serviços públicos que iremos sair dessa crise, principalmente nesse momento em que praticamente só os serviços públicos estão funcionando.

Nesse sentido a Condsef/Fenadsef e seus sindicatos filiados organizaram a lista com todos os nomes e contatos dos deputados e senadores para que todos os diretores e filiados também pressionem os parlamentares.

Para isso estamos enviando um texto base juntamente com os nomes e contatos dos congressistas. Vamos mandar para todos os deputados e senadores independente de que estado representem. Essa é uma luta nacional e todos devem ser pressionados.

Vamos defender os serviços e servidores públicos. Redução de salário não é justo e por isso mesmo não pode ser aceitável.  Todos juntos poderemos impedir essa tragédia.

DEPUTADOS FEDERAIS DO MARANHÃO

Aluisio Mendes PSC MA 3215-5931/ 3215-2931

dep.aluisiomendes@camara.leg.br

André Fufuca PP MA 3215-5945 /3215-2945

dep.andrefufuca@camara.leg.br

Bira do Pindaré PSB MA 3215-5480/ 3215-2480

dep.biradopindare@camara.leg.br

Cleber Verde REPUBLICANOS MA 3215-5710 /3215-2710

dep.cleberverde@camara.leg.br

Edilázio Júnior PSD MA 3215-5862/ 3215-2862

dep.edilaziojunior@camara.leg.br

Eduardo Braide PODE MA 3215-5578 /3215-2578

dep.eduardobraide@camara.leg.br

Gastão Vieira PROS MA 3215-5370 /3215-2370

dep.gastaovieira@camara.leg.br

Gil Cutrim PDT MA 3215-5385 /3215-2385

dep.gilcutrim@camara.leg.br

Gildenemyr PL MA 3215-5660 /3215-2660

dep.gildenemyr@camara.leg.br

Hildo Rocha MDB MA 3215-5734 /3215-2734

dep.hildorocha@camara.leg.br

João Marcelo Souza MDB MA 3215-5506 /3215-2506

dep.joaomarcelosouza@camara.leg.br

Junior Lourenço PL MA 3215-5513 /3215-2513

dep.juniorlourenco@camara.leg.br

Juscelino Filho DEM MA 3215-5222 /3215-2222

dep.juscelinofilho@camara.leg.br

Márcio Jerry PCdoB MA 3215-5372 /3215-2372

dep.marciojerry@camara.leg.br

Marreca Filho PATRIOTA MA 3215-5537 /3215-2537

dep.marrecafilho@camara.leg.br

Paulo Marinho Jr PL MA 3215-5715 /3215-2715

dep.paulomarinhojr@camara.leg.br

Pedro Lucas Fernandes PTB MA 3215-5814 /3215-2814

dep.pedrolucasfernandes@camara.leg.br

Zé Carlos PT MA 3215-5543 /3215-2543

dep.zecarlos@camara.leg.br

 

 

 

 

“Temos um poder de pressão em nossas mãos e vamos usar”

A Condsef/Fenadsef reforça comunicado já feito a suas entidades filiadas para fortalecer o trabalho de força tarefa virtual de servidores e empregados públicos. A entidade voltou a disponibilizar lista completa, por ordem alfabética e por estados, de senadores e deputados federais da atual legislatura. O objetivo é incentivar a categoria a pressionar o Congresso Nacional via telefone, por whatsapp, email e também pelas redes sociais, durante a situação de calamidade pública instalada pela pandemia por Covid-19 que desafia o mundo. Na base da Condsef/Fenadsef um diretor por estado ficará responsável por conduzir o trabalho de divulgação e uso da lista. “Temos um poder de pressão em nossa mãos e vamos usar”, destacou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação.

Teto de gastos pode ser revogado, garante senador

Além das orientações para organizar o trabalho virtual de força tarefa, a direção da entidade lembrou a importância do engajamento nessa ações. “A luta que a gente perde é a luta que a gente não faz”, frisa a nota. A revogação da EC 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos é um dos focos centrais desse trabalho de pressão. Para o senador Humberto Costa existe uma chance de derrotar o “teto de gastos” diante da pressão política contrária ao congelamento de investimentos públicos.

Só em 2019 a EC 95/16 tirou R$24 bilhões da saúde que poderiam ajudar agora no combate a pandemia. A crise provocada pelo novo coronavírus vem mostrar a importância da influência do Estado não só na economia, mas na vida de toda a população. Ao ‘Brasil de Fato’, o senador garantiu que há margem para derrotar a emenda que congela investimentos públicos por 20 anos e é extremamente nociva ao País.

>> Acesse lista senadores (ordem alfabética)

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>> Acesse lista deputados (ordem alfabética)

>> Acesse lista deputados (por estado)

No Congresso há outros inúmeros projetos que afetam servidores e serviços públicos aguardando tramitação. Durante a pandemia é possível que muitos deles fiquem estagnados, mas devem receber atenção. Um deles é o chamado plano “Mais Brasil” que reúne as PECs 186/19, 187/19 e 188/19. Juntas essas PECs têm potencial de promover um verdadeiro rompimento com o Pacto Federativo e a Constituição de 88. Considerado um plano de extinção dos serviços públicos, o pacote prevê o fim de direitos, incluindo ameaça a estabilidade, e propõe também redução salarial com redução de jornada, além de outros ataques.

Analistas tem apontado que, atravessada a crise provocada pela pandemia, o Congresso deve voltar com força na discussão desses temas. A reforma Administrativa, também pausada, é outro obstáculo no horizonte do setor público. “Nossos desafios não são poucos, por isso precisamos estar unidos e mobilizados para travar as batalhas que certamente ainda virão”, reforça Sérgio.

Enquanto a crise acontece, há também projetos importantes que precisam ser apreciados agora e interessam a servidores. Um exemplo são os PLs 1192/20 e 1195/20, propostos pelo senador Paulo Paim para atender demandas urgentes de profissionais que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Uma das propostas equipara a acidente de trabalho a contaminação desses profissionais pelo vírus e prevê recebimento de auxílio-doença. A garantia de equipamentos de segurança no trabalho (EPI) é outra preocupação, além da criação de alojamentos que possam receber esses profissionais possibilitando segurança a suas famílias que estão mais vulneráveis a exposição ao vírus.

Fonte: Condsef

Crise coronavírus: essencial é todo o serviço público!

Em defesa da nação, nenhum direito a menos! As Pessoas Acima do Lucro!

A pandemia do coronavírus – que obriga todos a uma quarentena sem data para terminar – expõe uma crise que é da humanidade.

Na Itália, terceira economia da Europa, médicos são obrigados a escolher quem vai viver. Em Guayaquil, cidade mais rica do Equador, corpos são abandonados nas ruas. Na França, médicos e enfermeiros denunciam a falta de máscaras, luvas e medicamentos básicos. Nos Estados Unidos, principal potência mundial, o número de infectados explodiu e o número de mortos já é o maior do mundo: em Nova York, empilhadeiras colocam cadáveres em caminhões frigoríficos.

O surgimento do vírus é um acidente, mas a catástrofe humanitária que seguiu-se a ele tem responsáveis. Em cada um desses países a política de “austeridade fiscal” veio desmantelando e degradando os serviços públicos em geral.

E o enorme buraco que agora se enxerga na saúde é do tamanho das verbas que foram cortadas para pagar o estouro da bolha financeira de 2008.

A crise atual já se preparava, ela foi apenas precipitada pelo coronavírus. Crise econômica, política e social, fruto de uma economia baseada na especulação financeira que abre um abismo de desigualdade: de um lado está uma minúscula elite de superbilionários; de outro está uma massa de trabalhadores deserdados e mais os diversos extratos da classe média – dentro da qual os servidores públicos.

No Brasil, desde 2016, com o falso pretexto de “gerar empregos”, acelerou-se brutalmente a retirada de direitos dos trabalhadores. Nós vimos o que foi gerado: milhões de precarizados, subempregados, desempregados, todos trabalhadores, cinicamente chamados de “empreendedores”.

A pandemia encontrou um governo brasileiro que em vez de proteger o povo e a nação viajou aos Estados Unidos e aqui desembarcou com 22 infectados, ajudando a propagar a doença, particularmente em Brasília!

Jair Bolsonaro fez chacota da situação, contrariou orientações sanitárias dos técnicos e cientistas da área de saúde, divulgou mentiras e fake news, editou medidas para favorecer empresários e prejudicar os trabalhadores, seu governo cria obstáculos para distribuir a pequena renda mínima emergencial de três meses para os milhões de informais, que são os mais vulneráveis à contaminação.

Tudo o que Bolsonaro faz mostra que ele é o maior empecilho ao enfrentamento da crise sanitária, econômica e social. Ele não tem condições de presidir a nação, não é possível adiar a luta pelo fim do seu governo. Não por acaso, de norte a sul, o Fora Bolsonaro é o que mais se ouve nos panelaços – manifestação possível na quarentena!

É no SUS – tão atacado e tão sangrado, inclusive pelo atual Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que sempre teve sua gestão voltada para os interesses do mercado de saúde privada, é nos serviços de combate às endemias, é nos laboratórios, hospitais, institutos e universidades públicas que o povo pode buscar algum apoio para enfrentar a situação.

A política que destrói os serviços públicos e que nos deixou vulneráveis à pandemia precisa mudar, com o fim desse governo e, depois, quando as condições permitirem, com ampla reforma das instituições.

De fato, não é apenas Bolsonaro. É todo seu governo e também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que pretendem que os servidores e empregados públicos precisam “fazer sacrifícios” para pagar os custos da crise.

Tentam jogar os trabalhadores do setor privado contra os servidores públicos dizendo “como vocês perderam salário os servidores públicos também têm que perder”.

É mentira! Eles não querem proteger o trabalhador do setor privado e os informais. Eles querem proteger os rentistas, financistas e bilionários e por isso tentam jogar os trabalhadores uns contra os outros para barrar nossa união.

Junto com nossos sindicatos filiados e com a CUT, a CONDSEF/FENADSEF vai lutar para que o estado dê a necessária assistência social aos milhões jogados na miséria pela política desse governo e, ao mesmo tempo, vai lutar frontalmente contra todo e qualquer corte de salários e direitos dos servidores e empregados públicos.

São os especuladores nacionais e internacionais que têm que pagar pela crise. Em escala mundial apenas dois mil bilionários detêm dois terços da riqueza de toda a humanidade. No Brasil, um dos países mais desiguais do mundo, 1% desses bilionários concentram uma renda igual à de mais de 100 milhões de brasileiros.

Até mesmo do ponto de vista econômico é criminoso retirar do mercado o salário de trabalhadores, de qualquer setor da classe. Porque o salário vai sempre para o consumo, movimentando a economia. Já o dinheiro entregue aos especuladores é entesourado, agravando ainda mais a espiral da crise e dificultando a retomada depois da pandemia.

A CONDSEF/FENADSEF, por intermédio dos seus sindicatos filiados, presta particular assistência aos trabalhadores do serviço público que estão na linha de frente do enfrentamento ao coronavírus. Desde a exigência de Equipamentos de Proteção Individual, capacitação técnica e condições seguras de trabalho até a preservação da integralidade de todas as verbas salariais. O mesmo vale para todos os demais, inclusive os que estão em teletrabalho: nenhum centavo a menos nas folhas de pagamento!

A vida vem sempre em primeiro lugar! Na crise sanitária, cada um estará protegido somente se todos estiverem protegidos!

Nas condições em que o necessário isolamento social impossibilita a realização de reuniões presenciais, as instâncias da CONDSEF/FENADSEF estarão mobilizadas por meios virtuais para continuar seu trabalho em defesa dos servidores e empregados públicos de todo o país.

Mais do que nunca, defender o serviço público e as estatais é defender a nação brasileira!

 

Diretoria Nacional da Condsef/Fenadsef

 

O Governo Federal volta a afirmar maldosamente o congelamento de salários

O ministro da Economia, Paulo Guedes, em live com empresários e investidores, manteve o discurso perverso de penalização dos servidores públicos federais, e demonstra a intenção de manter os salários congelados pelos próximos anos.
Imprescindíveis para o enfrentamento da crise causada pelo Coronavírus, os servidores novamente são destratados pelo Governo Bolsonaro, que insiste em seguir retirando direitos e ameaçando a classe trabalhadora.
Não será através de cortes e congelamento de salários que o Brasil vai superar esse momento difícil.
A Confederação lembra que antes da Covid-19 ser um desafio, as políticas de austeridade e ultra neoliberais adotadas pelo governo já haviam se mostrado ineficazes para alavancar a economia brasileira.
Antes da pandemia, os indicativos econômicos no Brasil não estavam nada favoráveis. O PIB apresentou resultado pífio (1,1%), o dólar já havia superado os R$5 e a fuga de investimentos tinha sido a maior da história. Tudo isso num cenário onde trabalhadores nos últimos anos perderam direitos importantes com a flexibilização das leis trabalhistas. Nada disso foi capaz de gerar empregos e sanar a crise dos milhões de desalentados, desempregados e na informalidade, hoje o segmento mais afetado e vulnerável na crise provocada pela pandemia.
Apesar de Guedes se mostrar contrário ao corte no salário de servidores nesse momento, essa é uma preocupação que deve continuar. No Executivo Federal, a maioria está com salários congelados há mais de três anos e desde março a aplicação de novas alíquotas previdenciárias promoveu a redução salarial da categoria. Os descontos para a maioria são de 14,5%, podendo chegar a 22%.
Na semana passada, o partido Novo apresentou emenda à PEC 10/20, do “orçamento de guerra”, que propunha redução de até 50% nos salários de servidores públicos. A emenda foi rejeitada, mas está no Congresso Nacional a PEC 186/19, do chamado plano “Mais Brasil” que prevê uma série de ataques ao funcionalismo, incluindo a redução de jornada de trabalho com redução salarial para servidores. Analistas e parlamentares alertam que essas ameaças devem voltar com intensidade depois da pandemia.

Arrocho gera mais arrocho
A mobilização e a unidade dos servidores em torno desses temas serão essenciais. Se por um lado o debate sobre Estado mínimo perde força nesse momento de grave crise e mostra aos brasileiros que a presença do Estado é fundamental na vida de todos, por outro, os ultra neoliberais vão seguir defendendo a narrativa de que é preciso enxugar o que for possível, ao contrário de investir. Enquanto sugam investimentos do setor público, nutrem investidores que seguem com lucros assegurados pelo pagamento de juros da dívida pública. O socorro trilionário aos bancos já está garantido. A PEC 10/20 permite ainda que o Banco Central compre ativos de risco do mercado financeiro, o que representa um prejuízo incalculável para a população.
Diante de uma crise da economia real, essa que afeta diretamente a renda do trabalhador e consequentemente toda a cadeia produtiva, servidores cobram outras saídas por parte do governo. “Não se resolve uma crise dessa magnitude com arrocho salarial e mais desemprego. Esse caminho fatal nos fará amargar um período ainda mais difícil do que o que já estamos enfrentando com essa pandemia que afeta o mundo inteiro”, ponderou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef.

Revogar a EC 95 e investir no setor público
Não são poucos os especialistas que apontam saídas alternativas para essa crise. Para a Confederação, a medida mais urgente deve ser a revogação imediata da Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos. Há entre os economistas um consenso de que o momento requer abandonar políticas conservadores de austeridade e priorizar investimentos públicos.

Com informações repassadas pela Condsef.

Governo Federal volta a prejudicar servidores federais

A Condsef/Fenadsef analisou de forma criteriosa a Instrução Normativa n° 28, publicada no último dia 25 de março, e observou em sua redação vários questionamentos e até pontos inconstitucionais.

A IN 28/2020 trata sobre os servidores em regime de teletrabalho e àqueles que estão afastados das suas atividades presenciais devido à emergência de saúde pública decorrente da Covid-19.

Segundo a IN 28/2020, os valores referentes ao adicional noturno, auxílio transporte e adicionais ocupacionais, ente outros não serão pagos enquanto os servidores não puderem realizar suas atividades de forma presencial.

De acordo com as entidades que representam a categoria, o Governo vem adotando o discurso empresarial quando busca culpar os servidores pelas crises econômicas.

Com Bolsonaro, a ofensiva contra os servidores se estabeleceu desde o início do mandato. Extinção e fusão de Ministérios, extinção de cargos, fim dos concursos e ameaças a estabilidade são alguns dos exemplos dessa perseguição.

Segundo Valter Cezar Dias Figueiredo, diretor de Comunicação do Sindsep/MA e de Política Sindical e Formação da Condsef/ Fenadsef, essas medidas penalizam o serviço público federal em um momento complicado para o Brasil. Ainda de acordo com ele, era justamente nesse momento que o Governo Federal deveria valorizar ainda mais os servidores públicos federais.

“O Governo mais uma vez aproveitou de forma maldosa uma crise sanitária para penalizar os servidores. Dia após dia observamos desmandos que refletem diretamente na qualidade do serviço público federal. Vamos buscar mecanismos para resguardar os direitos dos servidores, até mesmo, porque a Condsef/Fenadsef já encontrou na normativa pontos questionáveis e inconstitucionais”, declarou.

Dia mundial da Saúde – Um dia para refletir e pouca coisa a comemorar

Hoje, 7 de abril, é o dia mundial da saúde e o Sindsep/MA faz uma homenagem a todos os profissionais que dedicam suas vidas a cuidar da saúde de nossa população. Especialmente nesse ano de 2020 quando os profissionais de saúde estão na linha de frente para enfrentar a maior pandemia dos últimos cem anos.

Essa grave crise sanitária nos mostra também a importância do Sistema Único de Saúde – SUS e a necessidade de revogação da emenda Constitucional 95 que congelou os investimentos públicos por 20 anos, afetando gravemente também o SUS.

O Sindsep/MA vem denunciando o desmonte dos serviços públicos desde o golpe de 2016 quando Temer assumiu o governo e mais uma vez jogou toda a culpa da crise aos trabalhadores e aos serviços públicos, começando assim uma cruzada para sucatear, desmontar e depois privatizar o setor.

Agora com a crise sanitária chegando de forma avassaladora o governo corre contra o tempo para tentar minimizar os efeitos catastróficos do desmonte da saúde pública no Brasil nos últimos cinco anos.

Em meio a todo esse caos precisamos reconhecer a importância dos trabalhadores da área da saúde que muitas das vezes cumprem suas jornadas sem as mínimas condições de trabalho. Às vezes sem os EPI’S necessários e até sem insumos básicos para o atendimento à população e, mesmo assim estão no meio do furacão na tentativa de salvar vidas.

“Prestamos aqui nossas homenagens aos trabalhadores da área de saúde que bravamente vem enfrentando essa calamidade.  Mais uma vez pedimos aos nossos representantes no Congresso Nacional que revoguem a Emenda Constitucional 95. Os brasileiros não aguentarão 20 anos sem investimentos em Saúde, Educação, segurança e infraestrutura” disse Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.

Em tempos de COVID 19, fiquem em casa na medida do possível. Vamos ajudar o trabalho dos nossos profissionais de saúde impedindo o vírus de circular. Sigamos as orientações da Organização Mundial de Saúde – OMS e façamos um esforço para não colapsar o Sistema, só assim poderemos diminuir o número de vítimas fatais.

Condsef/Fenadsef delibera e propõe ações para defender trabalhadores e serviços públicos

Funcionando em regime de isolamento social através do teletrabalho por conta da pandemia de COVID 19 desde o dia 17 de março, a direção da Condsef/Fenadsef reafirma a necessidade de manter as diretrizes da Organização Mundial de Saúde para o enfrentamento dessa que já é maior crise sanitária dos últimos cem anos.

Durante esse período de isolamento a direção tem encaminhados vários ofícios para o Ministro da Economia, Paulo Guedes, referente ao tele-trabalho, ao presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia, para tratar da proposta que visa reduzir salários, oficio para a Ebserh com a pauta emergencial dos empregados(as), por ocasião da pandemia do COVID 19, bem como, participou de tratativas com o DIEESE, para regularizar a subsecção da Condsef.

Na reunião da diretoria executiva ocorrida no dia 1 de abril através de videoconferência  foi decidido manter o isolamento social e o trabalho remoto até o mês de maio, mantendo pelo menos uma reunião semanal através do sistema de vídeo conferencia.

“Esse é um momento difícil para toda a população e entendemos a necessidade de manter o isolamento social. Entretanto, não podemos deixar o governo continuar a tirar os direitos dos trabalhadores públicos.  Para tanto aprovamos uma série de encaminhamentos   e diretrizes para conter essa onda de desmanches contra os servidores públicos” disse Valter Cezar Figueiredo, diretor de formação e políticas sindicais da Condsef/Fenadsef.

Dentre as resoluções aprovadas pela executiva da entidade destacamos

             Manter o isolamento social da população com garantia de renda e acesso aos serviços sociais;

             Manter o isolamento social, em relação às atividades da Condsef, durante os meses de Abril e Maio/2020, ou seja, não tendo expediente físico na Condsef, e o contato entre os diretores e entidades filiados através de telefones, watsaps, imails e Videoconferencias, sendo sempre realizada uma avaliação conforme a situação do processo da pandemia;

             Realizar Video-Conferencia da Executiva da Condsef semanalmente todas as segundas feiras, das 10 as 12 horas, para atualização da conjuntura e demais encaminhamentos;

             Realizar Video Conferencia com a Direção Nacional da Condsef, dia 13.04.2020, das 14 as 17 horas, para atualização da conjuntura e definição/uniformização de encaminhamentos;

             Realizar Video – conferência do CDE/CONDSEF dia 15.04.2020, das 14 as 17 horas, para atualização da conjuntura e definição/uniformização de encaminhamentos;

             Articular campanha nas redes sociais de pressão contra Bolsonaro, denúncia dos patrões fascistas, com materiais informativos, vídeos, cards assim como a utilização de redes para municiar as lideranças;

             Emcampar a Campanha de ISP “VIDAS ACIMA DO LUCRO”;

             Ampliar a negociação da prorrogação de todos os Acordos Coletivos e negociar medidas específicas para esse momento como a garantia de emprego e estabilidade;

             Fortalecer a Campanha de denuncia dos empresários que pregam a volta da normalidade e a flexibilização das relações de trabalho.

Neste período de Isolamento Social, a Condsef/Fenadsef orienta às suas entidades filiadas que construam e implementem mecanismos de pressão junto aos deputados federais e senadores nos Estados, via telefone, imail, watsaps, redes sociais, etc;. para se posicionarem contra as medidas encaminhadas pelo governo contra os servidores no Congresso Nacional.

Sindsep/MA e centrais sindicais defendem acordo coletivo de trabalho para superar a crise

No último dia 02 de abril, as centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB), reuniram-se em São Paulo, por meio de videoconferência, e consideraram insuficientes as medidas do governo na MP 936.

O Sindsep/MA concorda literalmente com o encaminhamento das centrais, quando elas afirmam que a “a resposta do governo, ante à pandemia e a redução da atividade econômica, é tímida, indigesta e extremamente insignificante frente ao montante de recursos disponibilizados para o setor financeiro”.

No entendimento das centrais, para que sejam atendidos os interesses dos trabalhadores e também dos empregadores a MP 936 deve contemplar:

1) Respeito à Constituição (Art. 7º – que impede a redução salarial, salvo acordo coletivo) e inclusão dos sindicatos em todas negociações que ocorreram durante a vigência do estado de calamidade pública estabelecida devido ao Covid-19, sobretudo, levando em consideração a importância e a experiência das entidades sindicais. Não aceitamos a intenção de se estabelecer contratos individuais. Os sindicatos devem estar cientes e ter participação efetiva em todas as negociações;

2) A manutenção de 100 % dos valores dos salários, de forma a manter o poder de compra e fomentar uma retomada econômica;

3) A estabilidade de 180 dias para todos os trabalhadores, como forma de garantir emprego e renda;

4) Prorrogação do seguro desemprego e isenção de tarifas para os trabalhadores mais afetados pela crise.

Vale lembrar, que a Constituição Brasileira garante o acordo coletivo justamente porque no acordo individual o trabalhador sempre sai prejudicado.

“A MP 936 para os trabalhadores formais, com carteira assinada, é ruim, não resolve a crise que o Brasil está vivendo, por isso, já estamos [a CUT e as demais centrais sindicais] pressionando o Congresso Nacional para mudar o texto da MP. O programa para os formais tem que proibir demissões em todo País, tem que garantir estabilidade de emprego durante a crise e 100% de renda aos trabalhadores, sempre por meio de negociação coletiva”, declarou Sérgio Nobre, presidente da CUT.

Segundo Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA, é importante que o Governo Federal seja sensível às questões relacionadas à garantia de empregos. Ainda de acordo com ele, é inadmissível que o Brasil caminhe na mão contrária ao restante do planeta.

Raimundo fez questão de lembrar ainda que a União Europeia vai injetar 25 bilhões de Euros (cerca de R$ 140 bilhões) para combater a crise provocada pelo novo Coronavírus.

 

 

Pressão da CUT e centrais garante renda emergencial para trabalhadores informais

notice

A CUT, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de oposição tiveram uma importante vitória na luta para proteger trabalhadoras e trabalhadores informais, durante o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Foi aprovada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (26), o Projeto de Lei (PL) 9236/17 que institui a Renda Mínima Emergencial, que será destinada a esses trabalhadores, pelo período de três meses, prorrogáveis, a depender da disseminação do vírus no Brasil e as consequentes medidas de isolamento social.

Incialmente, o governo de Jair Bolsonaro havia proposto o pagamento máximo de R$ 200,00, apenas para trabalhadores autônomos, durante três meses. Medida totalmente insuficiente para garantir o sustento das famílias. As centrais sindicais pressionaram parlamentares para que aprovassem o PL 9236, que determina um valor maior para o benefício.

Na sessão da quinta-feira, o Congresso votaria o valor de R$ 500,00, mas após a luta das entidades, com o apoio dos partidos de oposição como o PT, foi aprovado o valor de R$ 600,00 para o auxílio aos trabalhadores sem carteira-assinara.

Confira o que foi aprovado e quem tem direito:

Benefício:

Abono emergencial no valor de R$ 600,00, pagos durante os próximos três meses,

Quem recebe:

Trabalhadores com mais de 18 anos que não tenham emprego formal (CLT ou setor público) e que não recebam nenhum benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego outros programas de transferência de renda, com exceção ao Bolsa-Família. Neste caso, o trabalhador terá de optar por um dos dois benefícios (o abono emergencial ou o bolsa-família), aquele que for maior.

Entre os trabalhadores que podem receber o auxílio estão incluídos os informais, o microempreendedores individuais (MEI) e os contribuintes individuais e os inscritos no Cadastro Único Para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Outro critério é renda familiar máxima de três salários mínimos (R$ 3.135,00) ou meio salário mínimo por pessoa (R$ 519,00), o que beneficiará a grande maioria das trabalhadoras que fazem faxina ou são empregadas domésticas informais.

Limite:

Os benefícios são limitados a duas cotas de R$ 600,00 por família, atingido o valor de R$ 1.200,00 para cada grupo familiar

Casos especiais

“Mães de família”, ou seja, as mulheres que sejam as responsáveis pelo sustento da casa receberão duas cotas de R$ 600,00, totalizando R$ 1.200,00.

Comprovação de renda:

O projeto prevê que a conferência dos dados do trabalhador será por autodeclaração, para evitar que ele fique desprotegido em um primeiro momento, caso de trabalhadores por aplicativo como UIber, Ifood, entre outros e de ambulantes e diaristas. Os trabalhadores “MEI”, já têm valor de renda declarado no cadastro de microempreendedor individual, portanto, neste caso, a seleção será automática.

Como vai ser pago:

Trabalhadores que já estão inscritos no CadÚnico, farão a solicitação do benefício por meio de um aplicativo a ser disponibilizado pelo governo, após o projeto ser sancionado. Depois disso, os valores serão creditados em conta bancário do trabalhador, que ele indicará no próprio aplicativo.

Nesse grupo incluem-se todos os brasileiros que participam de algum programa social do Governo Federal, inclusive o Bolsa-Família.

O aplicativo também vale para quem não está inscrito no CadÚnico. Basta preencher os dados.

Não tenho conta bancária

Se o trabalhador não tiver nenhuma conta vinculada ao seu CPF, o pagamento será disponibilizado por meio de conta do tipo poupança social digital, com abertura automática em nome dos beneficiários.  Não será necessário apresentar documentos para abrir essa conta, assim como não serão cobradas taxas e tarifas bancárias, em instituição que será indicada após a solicitação do benefício emergencial no aplicativo. Para esta conta, não haverá emissão de cartão físico ou cheques.

Não tenho celular, o que faço?

Neste caso, o trabalhador deverá procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo de sua residência. A decisão por operacionalizar o benefício por meio do é justamente para atendender às recomendações de evitar aglomerações nestes tempo de pandemia.

Aprovação do projeto

O Pl foi aprovado no Congresso em votação simbólica nesta quinta-feira. Seguuira para votação no Senado para então ser sancionado e já começar a valer.

Trabalhadores

O projeto aprovado, depois da pressão da CUT, centrais e movimentos sociais, junto com os partidos de oposição é um mecanismo de garantir um mínimo de renda para milhões de trabalhadores que ficariam sem nenhuma condição de sustento durante o período da pandemia. Trabalhadores autônomos, pro aplicativo como motoristas de Uber, entregadores, trabalhadoras domésticas, ambulantes, e vários outros segmentos terão direito ao Abono Emergencial.