Com pandemia, negociação do ACT da Ebserh pode ficar para janeiro de 2021

A Comissão Nacional do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT da EBSERH terá, nesta segunda-feira (06), a 5ª reunião de negociação, através de videoconferência, com representantes da Empresa. Depois de diversas reuniões, o impasse sobre o adiamento das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021 deve ser solucionado nesta segunda. Os trabalhadores julgaram que, diante do quadro atual de pandemia do novo coronavírus, não haveria tempo hábil para se debater um acordo que envolve 65 cláusulas e muita discordância. Com isso, as negociações podem ser adiadas até o dia 31 de dezembro de 2020.

O governo federal tenta retirar direitos garantidos em acordos anteriores em um total desrespeito a categoria. Do total de demandas propostas pelos trabalhadores, a Ebserh apontou 52 como inviáveis. Segundo a empresa, apenas oito estariam em consenso entre empregados e empresa e outras cinco seriam negociáveis. Além disso, a empresa disse que não teria nenhum índice de reajuste de salários e benefícios a ser apresentado aos trabalhadores.

“Nós não aceitamos retirada de direitos já adquiridos e não poderemos acatar uma negociação onde não haja nenhum índice de reajuste salarial. Mas também não podemos negociar em meio a essa pandemia, quando estamos tendo que reivindicar a compra de equipamentos de segurança adequado para atender a população”, comentou a diretora do Sindsep-PE e funcionária da Ebserh, Gislaine Fernandes.

Na linha de frente no combate à pandemia do novo coronavírus, os trabalhadores da Ebserh estão tendo que lidar com uma série de dificuldades para atender a população e garantir o mínimo de segurança no trabalho. A falta de equipamentos de proteção adequados (EPI’s) e a baixa qualidade de alguns desses equipamentos são pontos críticos. Mas as preocupações não param aí.

Na última quinta-feira, 02 de julho, empregados da Ebserh se uniram aos servidores públicos e realizaram atos, em diversos estados, em defesa dos serviços públicos. Antes disso, em maio, os trabalhadores já haviam entregado uma carta de repúdio à Ebserh e um abaixo-assinado com mais de oito mil assinaturas contra o objetivo do governo em retirar direitos trabalhistas. A categoria segue combatendo a Covid-19 que já contamina cerca de 1,5 milhão de brasileiros e vitimou mais de 61 mil.

Fonte: Sindsep-PE

Congresso vai ao STF contra tentativa fraudulenta do governo de privatizar Petrobras

A CUT, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os sindicatos da categoria (Sindipetros) conquistaram uma grande vitória para evitar que a Petrobras seja privatizada.

Nesta quarta-feira (1º), o Congresso Nacional, em documento assinado pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM/AP) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), ingressou com pedido de Tutela Provisória para que o Supremo Tribunal Federal (STF) afirme que a criação artificial de subsidiárias, isto é, desmembrar a empresa-matriz para posterior venda, se configura desvio de finalidade, sendo prática proibida e inconstitucional.

A decisão do Congresso vem ao encontro dos pedidos dos petroleiros aos presidentes das duas Casas para evitar que o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) transforme as refinarias da Petrobras em subsidiárias, num processo de fatiamento da empresa.

No ano passado o Plenário do Supremo, ao votar a liminar (provisória) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) e pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenaee), concedida em junho de 2018, pelo ministro Ricardo Lewandowski, definiu que todo processo de privatização no Brasil deveria passar por autorização legislativa e pelo devido processo de licitação.

Na mesma decisão, o STF definiu que empresas subsidiárias podem ser privatizadas sem autorização do Congresso e em processo competitivo simplificado (sem licitação), desde que se respeitem os princípios da Administração Pública.

Para seguir com seu projeto privatista e vender partes da empresa sem licitação e autorização do Congresso, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, vem tentando transformar as refinarias em subsidiárias, numa clara fraude à decisão do ministro da Suprema Corte, já que perante a Lei, as refinarias fazem parte do capital social da empresa matriz.

A diretoria da Petrobras argumenta que a transformação das refinarias em subsidiárias está enquadrada no regime especial de desinvestimento de ativos pelas sociedades de economia mista federais, previsto no Decreto nº 9.188/2017 e na Lei 13.303/16 (Lei das Estatais).

A decisão é uma vitória da luta, dizem os sindicalistas que lutam contra a sanha privatista do governo Bolsonaro e denunciaram as artimanhas da equipe do presidente da Petrobras durante uma das maiores greves da história dos petroleiros.

“Nós da CUT e da FUP estamos atentos aos desmandos deste governo e durante a greve dos petroleiros em fevereiro deste ano, tivemos uma audiência com o presidente do Senado e da Câmara e denunciamos esta tentativa do governo em burlar a decisão do Supremo”, diz Roni Barbosa, secretário de Comunicação da CUT Nacional e petroleiro.

O Coordenador-Geral da FUP, Deyvid Bacelar, lembra que a última greve da categoria teve um caráter mais abrangente, não somente corporativo, mas de defesa do patrimônio público que é a Petrobras. Com isso, os petroleiros conseguiram um importante apoio dentro do Congresso.

“Felizmente, o Congresso identificou o seu poder de decisão sobre as privatizações e agora provoca o Supremo para que os ministros definam de uma vez por todas que empresas públicas criadas antes da decisão de Lewandowski não podem ser fatiadas para serem vendidas”, diz Bacelar.

Tanto Barbosa como Bacelar destacam o papel importante na luta da categoria dos senadores Jean Paul Prates (PT-RN), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras, e Rogério Carvalho (PT-SE), líder da Partido na Casa, além do deputado Enio Verri (PT-PR ), dos presidentes da CUT, Sergio Nobre, da UGT, Ricardo Patha, da Força Sindical,Miguel Torres e das assessorias da FUP, em Brasília, para essa importante vitória dos petroleiros.

“Com esta decisão do Congresso temos condições de atrasar e discutir as privatizações que o governo pretende fazer. É um entrave aos processos de venda da Petrobras. Uma vitória da CUT, da FUP e de toda categoria”, comemora Roni Barbosa.

Já para Deyvid, neste momento de discussão de uma coalização mais ampla contra o governo de extrema direita de Bolsonaro, acabou se materializando na defesa da soberania nacional, além dos campos dos partidos de progressistas, de esquerda.

“Vamos continuar, com apoio da sociedade, lutando pelo patrimônio público, em defesa da Petrobras e contra esse projeto privatista deste governo neoliberal”, declara Deyvid.

Servidores voltam às ruas nessa quinta, 2, contra congelamento de salários

Servidores públicos em todo o Brasil promovem nessa quinta-feira, 2, um dia nacional de lutas contra o congelamento de salários e direitos de quase 12 milhões de trabalhadores do setor até dezembro de 2021. Entidades representativas de categorias das esferas federal, estadual e municipal se unem na pressão a parlamentares pela derrubada de veto presidencial que retira quatro dispositivos da Lei Complementar 173/20, de auxílio a Estados e Municípios. Respeitando o distanciamento, os atos simbólicos também protestam contra aumentos concedidos pelo governo Bolsonaro a militares tanto da ativa quanto da reserva.

O Ministério Público entrou com uma representação junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) para suspender esses aumentos em soldos e gratificações de integrantes das Foças Armadas durante a pandemia do novo coronavírus. Os aumentos podem chegar a R$1,6 mil e em 5 anos devem custar R$26 bilhões.  Durante a reforma da Previdência, militares obtiveram também reajustes de até 75% na reestruturação de planos de carreira, além de garantir manutenção de direitos em suas aposentadorias.

Contradições
Enquanto impõe arrocho a servidores civis e também a trabalhadores da iniciativa privada, o governo, além de liberar reajustes a militares, segue uma política de privilegiar setores ligados ao sistema financeiro, banqueiros, grandes empresários e desvia bilhões para o pagamento de juros da dívida pública. “A maioria absoluta da população está sendo sacrificada em nome de garantir lucro para uma parcela mínima. Essa política que coloca o lucro acima da vida precisa ser barrada”, aponta o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva.
O próprio governo utiliza a situação de crise que o País atravessa para justificar cortes bilionários em setores essenciais e estratégicos para a sociedade. Só a Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos por pelo menos 20 anos, já retirou nos últimos anos mais de R$20 bilhões do orçamento da Saúde que seriam fundamentais para o combate à essa pandemia. Na contramão do necessário fortalecimento do SUS, o governo Bolsonaro segue sem projetos eficientes para enfrentar o desafio imposto pela Covid-19 que já matou quase 60 mil brasileiros até agora e não dá sinais de trégua.

É justo?
Em carta aos parlamentares assinada pela Condsef/Fenadsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviços Públicos Federal), Fenasepe (Federação Nacional dos Servidores Públicos Estaduais e do Distrito Federal), Confetam (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal) e CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social), as entidades questionam a imposição de arrocho a maioria da população, sejam servidores públicos ou trabalhadores da iniciativa privada. As entidades fazem menção aos trabalhadores do setor público que atuam na linha de frente da batalha contra a Covid-19 e que serão os principais prejudicados com a aprovação do veto de Jair Bolsonaro.

Nessa quarta, 1o, entregadores por aplicativo realizaram um dia de paralisação por melhores condições de trabalho e renda. A Condsef/Fenadsef apoia o movimento da categoria que cobra aumento da taxa mínima por entrega, do valor pago por quilometragem e mais transparência sobre os repasses feitos diante as gorjetas pagas por clientes via aplicativo. A categoria também está fortemente exposta a contaminação por Covid-19 e faz parte dos que atuam na linha de frente nessa pandemia.

“É justo reduzir o salário de quem está na linha de frente da batalha contra o novo coronavírus?”. A culpa da crise, apontam as entidades representativas dos servidores, “é a proteção que o governo dá aos bilionários enquanto a população sofre; é não taxar as grandes fortunas e as heranças; é não liberar as reservas econômicas do país; é não revogar o Teto de Gastos para que a população possa ter mais acesso a serviços de direito; é seguir pagando juros da dívida pública que acabam em bancos privados de nomes estampados na revista Forbes; é entregar empresas estatais lucrativas para as figuras bilionárias do Brasil”.

Dia Nacional de Lutas
Em Brasília, a atividade pela derruba de vetos na Lei de auxílio a Estados e Municípios e contra o congelamento salarial e de direitos acontece no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios, a partir das 12h30. Pelas nossas redes sociais e em nosso site você acompanha os detalhes das atividades que contarão com participação das entidades filiadas à Condsef/Fenadsef nos demais estados.

Condsef/Fenadsef

Publicado edital para escolha dos representantes do Conselho Superior do Ifma – CONSUP

Mesmo passando por dias sombrios por conta da falta de políticas públicas para o setor e as tentativas de intervenção nos Institutos Federais e nas Universidades públicas desde a posse de Jair Bolsonaro, os Institutos Federais no Maranhão apresentaram um calendário que oportunizará a comunidade acadêmica trazer luz e consolidar a independência às instituições de ensino superior conforme preconiza a Constituição Federal de 1988.

O Sindsep/MA chama a atenção dos técnicos administrativos e professores para a importância de participar dos fóruns regionais e consequentemente da escolha de seus representantes no Conselho Superior – CONSUP. O Edital de convocação do processo eleitoral com todas as informações já estão disponíveis no site do IFMA e na página do Sindsep/MA na internet (www.sindsep.org.br).

“Em um momento como esse em que o presidente Bolsonaro ameaça tirar a autonomia de nossas Instituições é muito importante aproveitarmos a oportunidade, e através da escolha dos representantes do CONSUP, consolidarmos a independência e a vontade da comunidade acadêmica”, disse João Carlos Martins, diretor de Administração e Finanças do Sindsep e membro do CONSUP.

Stop Bolsonaro bradam brasileiros e estrangeiros em diversos lugares do mundo

Manifestantes de diversos países foram às ruas neste domingo (28) contra a política de Jair Bolsonaro (ex-PSL) em relação à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já matou mais de 57 mil pessoas no país e se aproxima rapidamente dos 1,5 de contaminados. O ato internacional, promovido por diversas entidades do Brasil e de outros países, teve como lema Stop, Bolsonaro (fora, Bolsonaro em tradução literal), e foi realizado em pelo menos 70 cidades de 24 países. A ideia surgiu a partir da mobilização de brasileiros que vivem no exterior. Teve atos em países como República Dominicana, Itália, Alemanha, Espanha, Áustria, Inglaterra e Nova Zelândia.

Organizado por militantes, movimentos sociais e sindicais da Europa, o protesto pediu que o presidente do país seja parado. Ele foi classificado como o pior chefe de Estado no combate e controle da pandemia que, além de contribuir com a perda de vidas, destrói destruir direitos dos brasileiros e é uma ameaça para o planeta dia após dia, afirmaram chamadas do movimento.

Em Brasília, a Praça dos Três Poderes amanheceu repleta de cruzes, para marcar a memória de brasileiros que perderam a vida devido à escolha do governo, de deixar a população à mercê do novo coronavírus. Entre os participantes, estava a Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro.

Residente na Dinamarca, a jornalista Selma Vital, responsável pelo grupo Aurora, disse à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual. Rádio Brasil Atual que o governo Bolsonaro atinge todos os brasileiros, inclusive quem mora no exterior.

“Esse ato dá a possibilidade de quem está fora do país também ecoar a indignação. Enquanto vimos países pararem, por conta da pandemia, Bolsonaro não fez nada“, criticou.
O Stop Bolsonaro terá programação ao longo do dia em diversas partes do país. Em São Paulo será a partir das 14 horas.

Fonte: Cut.org.br/noticias

Falta de comando federal é parte do desmonte do SUS, ocupado por militares e amigos

Em um relatório sobre a governança do governo de Jair Bolsonaro sobre a pandemia, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falta de diretrizes, de coordenação e de transparência. Os auditores identificaram a indefinição de estratégias pelos comitês de crise e de coordenação de operações, que pode acarretar decisões e medidas individualizadas e descoordenadas, “levando à inefetividade das ações de combate à crise de covid-19 e desperdício de recursos humanos, materiais e financeiros, com efeitos inclusive nas diversas esferas da federação”.

A ausência de profissionais de saúde nos comitês de crise e de coordenação de operações também foi constatada e destacada no documento divulgado nesta quarta-feira (24). Tanto que o relator, ministro Vital do Rêgo, recomendou a inclusão de representantes do Conselho Federal de Medicina, da Associação Médica Brasileira e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que representa secretários estaduais de saúde.

 O objetivo é que a visão técnica de cada um incremente a efetividade das medidas dos comitês. Além do mais, segundo ele, os dirigentes estaduais são importantes elos que integram e facilitam a ação coordenada de diversos entes nas três esferas de governo na execução de políticas públicas de saúde.

As dificuldades que o governo Bolsonaro tem imposto para acesso à informação não pouparam os auditores, que penaram para obter informações oficiais sobre as ações de combate à pandemia e os resultados obtidos. Tiveram de recorrer aos portais de informações relativas à pandemia, restritos. E mesmo assim, o acesso só foi concedido 21 dias após a solicitação.

Projeto de desmonte

Esses problemas apontados pelos auditores, que têm contribuído diretamente para o descontrole da infecção no país, que já soma mais de 1,2 milhão de infectados e 55 mil mortos, sinalizam não só o despreparo e a incompetência do governo de Jair Bolsonaro. Mas um projeto de desmonte do SUS que está sendo levado a cabo pelos militares.

Em entrevista ao jornal El País desta quinta-feira (25), o ex-secretário de Saúde de Curitiba e professor da FGV, Adriano Massuda, afirmou que a ocupação de cargos técnicos por militares e por indicações políticas sem qualificação têm ocorrido como nunca desde a criação do SUS, ao passo que o Brasil tem profissionais extremamente competentes na área da saúde coletiva.

E esse processo, segundo ele, já impõe modificações na estrutura da secretaria executiva do Ministério, responsável pelo planejamento orçamentário e pelo repasse de recursos para Estados e municípios, via Fundo Nacional de Saúde – o que explica a baixíssima capacidade de execução orçamentária na pandemia. Menos de um terço do recurso extraordinário aprovado foi executado após três meses do seu início.

Essa militarização, segundo ele, pode agravar outros problemas de saúde, já que inúmeros programas são subordinados à coordenação técnica do ministério. “Como é que vai ficar a coordenação nacional do câncer? Como é que vai ficar a política nacional do HIV, do sangue e hemoderivados, e as vacinas que dependem da ação do Ministério da Saúde? É algo muito arriscado e a sociedade tem que ficar bastante atenta. O problema não é só a covid-19”, disse.

O processo em curso, conforme o ex-secretário, não foi implementado “nem pelo pior ministro da Saúde”. E, segundo afirmou, diversas áreas técnicas da pasta da Saúde já passaram por diferentes governos, de diferentes bandeiras políticas, sem ter sido modificadas. Pelo que tudo indica, trata-se de possível “processo de desmonte da engrenagem que fez o sistema de saúde funcionar nos últimos 30 anos”.

Escrito por: Redação RBA

Reduzir salário de servidor público é inconstitucional, decide STF

Por maioria, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira, 24, que a redução de salário de servidores públicos é inconstitucional, independente da redução de jornada de trabalho. O voto do ministro Celso de Mello concluiu o julgamento da ADI 2238 que questionava dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A Condsef/Fenadsef atuou como amicus curiae (amigo da Corte) nas ações que contestaram a inconstitucionalidade da redução salarial de servidores. Em fevereiro de 2019, em sustenção oral, José Luis Wagner, advogando para a Confederação, chamou atenção para outros dispositivos previstos na Constituição com a finalidade de redução de despesas. Para a entidade, promover a redução de carga horária de servidores com redução de salários burla a Constituição e entra em conflito com dispositivos já existentes para esse objetivo.

Com o voto do ministro Celso de Mello, que estava de licença médica quando a ação entrou em julgamento no Supremo, o placar final da votação foi de 7 votos a 4. Para José Luis Wagner, o resultado representa uma conquista importante num momento de pandemia onde a discussão dessa possibilidade vinha sendo aventada. “O Supremo firma uma posição que deverá ser levada em conta em discussões de propostas legislativas nessa direção”, resume.

Para o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, a atuação na defesa da inconstitucionalidade dessa ação, resgatada por governadores de sete estados, mostra a importância de seguir agindo na defesa de direitos fundamentais dos servidores e também de toda classe trabalhadora, direitos esses que vem sendo sistematicamente atacados. “Foi uma decisão importante do Supremo. A luta não terminou. Vamos seguir também buscando no Congresso a derrubada do veto presidencial que congela salários de servidores, principalmente os que estão atuando na linha de frente do combate a essa pandemia, arriscando suas vidas”.

Sérgio lembra ainda da necessidade de revogação imediata da Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos por pelo menos 20 anos e se mostra um verdadeiro desastre para o País. “O Brasil precisa de investimento público e valorização dos profissionais que atendem a maioria da população e essa crise que estamos enfrentando com a Covid-19 só reforça isso”, destacou.

Condsef/Fenadsef

Diário Sindsep/MA: Uma realidade que podemos comemorar

Nestes tempos de Pandemia em que tanto precisamos de informações seguras e confiáveis o Diário do Sindsep chega ao número 4.000 com o compromisso de continuar a informar, formar opinião e combater o crime das fake News, fenômeno que tanto mal tem feito à sociedade e que tem afetado diretamente os servidores públicos.

Temos acompanhado campanhas difamatórias contra serviços e servidores públicos baseadas em fake News para justificar o sucateamento e a privatização dos serviços públicos em todas as esferas e é contra essas agressões que o Diário do Sindsep tem lutado durante esses dezenove anos de circulação.

“Temos feito investimentos no setor de comunicação para garantir que nossos filiados tenham informações seguras e confiáveis à sua disposição em todos os nossos canais de comunicação e em especial no aniversariante do dia, o Diário do Sindsep, que hoje completa 19 anos e chega ao número 4.000”, afirmou Valter Cezar Figueiredo, diretor de Comunicação do Sindsep/MA.

O Diário do Sindsep ao longo desses dezenove anos tem acompanhado de perto os temas de interesse da sociedade e principalmente aquilo que se correlaciona ou afeta os servidores públicos.

“Ter uma fonte de informações confiável é muito importante para manter a categoria bem informada e consciente das ações desastrosas desse governo no trato com a coisa pública, principalmente nesses tempos de crise sanitária e pandemia de COVID- 19”, disse Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.

Acompanhe as notícias mais recentes e importantes sobre os serviços públicos e os direitos dos servidores e trabalhadores públicos aqui no seu Diário do Sindsep, um dos diários sindicais mais antigos em circulação no Brasil.

Pedido de afastamento de trabalhadores(as) da Ebserh que estejam no grupo de risco da covid-19 é aceito pela Justiça do Trabalho

A Justiça do Trabalho finalmente atendeu o pedido de tutela antecipada solicitado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Maranhão ainda em abril para que fosse feito afastamento de suas atividades presenciais pela EBSERH de todos(as) os (as) trabalhadores(as) que estejam no grupo de risco da covid 19.

Com a decisão da Juiza Marcia Suely Correa Moraes Bacelar, ficam classificados como vulneráveis, nos termos do art. 5º da Portaria SEI – nº 885, todos os trabalhadores com mais de 60 anos ou que tenham alguma doença pre-existente que causem algum risco por conta da Covid-19 e a direção da EBSERH terá cinco dias para atender a determinação de afastar imediatamente e garantir a colocação de todos os profissionais vulneráveis para a execução de suas atividades remotamente enquanto perdurar o estado de emergência da saúde pública decorrente da pandemia de covid 19.

“Essa é mais uma vitória do sindicato na luta em defesa dos direitos de seus filiados. Infelizmente nossa Justiça é muito lenta e nesse tempo de crise sanitária as decisões estão demorando mais ainda, mas o importante é que a partir de agora nossos companheiros e companheiras estarão protegidos”, disse Raimundo Pereira, presidente do Sindsep/MA.

Estão cobertos pela decisão os profissionais das áreas de enfermagem, médica, segurança do trabalho, assistencial e ocupacional, desde que tenham algum fator de risco.

“O Sindicato tem acompanhado de perto essa situação complicada para os trabalhadores, inclusive tentando insistentemente resolver essas questões no âmbito administrativo. Entretanto, devido alguns percalços, tivemos que recorrer à justiça e agora fomos integralmente atendidos”, disse Marcos Ferreira, diretor de Comunicação do Sindsep/MA e trabalhador da EBSERH.

O Sindsep irá acompanhar de perto a execução da determinação judicial para que os trabalhadores possam ficar em segurança o mais rápido possível.

Documento com a decisão completa está disponível Leia aqui a Decisão – 0016387-20.2020.5.16.0002 

 

Carreata Fora Bolsonaro e a política econômica de Paulo Guedes

O Brasil não aguenta mais os desmandos e a falta de respeito do governo Bolsonaro com os brasileiros. Os serviços públicos sendo completamente sucateados, inclusive ficando com pastas importantes da administração pública acéfalas, com ministros interinos e sem qualquer afinidade com os ministérios que ocupam, como é o caso do general Pazzuelo, ministro interino da saúde, que além de não ser da área, está trocando todos os técnicos por militares indicados pela caserna.

O Ministro da Economia Paulo Guedes faz pressão no Congresso Nacional para retirar o que ainda resta dos direitos dos trabalhadores, destrói os serviços públicos para justificar e acelerar o processo de privatização, privilegiando o capital especulativo em detrimento da geração ou pelo menos da manutenção dos empregos.

O governo Bolsonaro alega não ter dinheiro para reajuste dos servidores nem para garantir o auxílio emergencial para os milhões de afetados pela pandemia, mas tem bilhões para socorrer bancos privados.

Para lutar contra todos esses desmandos em plena pandemia de COVID 19 é que a CUT e demais Centrais sindicais estão convocando os dirigentes sindicais e suas bases sindicais para juntos realizarem grande carreata contra o governo Bolsonaro e a política econômica de Paulo Guedes.

O protesto acontecerá em todo o Brasil, e em São Luís a concentração está marcada para as 8:30h de quinta-feira em frente a FETIEMA (Praça da Bíblia) no Centro, com saída da carreata às 9 horas e buzinaço em frente ao prédio do Ministério da Economia, no canto da Fabril.

“Já chega de tanta perseguição aos trabalhadores e servidores públicos. Somente os protestos nas ruas poderá frear a destruição do Brasil. Todos precisam estar de máscara e manter o distanciamento social para evitar contaminação, mas não podemos mais aceitar a destruição do nosso povo por esse governo fascista”, disse Manoel Lages, presidente da CUT Maranhão e diretor administrativo financeiro do Sindsep/MA.